Existe um peixe que é mantido num aquário sob um dos lagos da Fundação Calouste Gulbenkian, em condições horríveis. Ele faz parte de uma exposição de Miguel Palma no CAM – Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gunbenkian.
Envie seu protesto ao CAM – Centro de Arte Moderna – [email protected] e ao artista Miguel Palma – [email protected]. Abaixo segue uma carta de modelo.
Exmos. Senhores,
Venho mostrar a minha indignação para com a manutenção, no âmbito da exposição de Miguel Palma, de um peixe Carassius auratus (nome comum: pimpão), num aquário mínimo acima da água (fotografias anexas, retiradas do site de Susana Pomba – http://missdove.blogspot.com/).
Apesar do pimpão ser considerado um dos ‘peixes de aquário’ mais comuns no mundo inteiro, contesto tanto a sua utilização como a sua manutenção num espaço que não é minimamente adequado ao seu bem-estar (volume de água, espaço para nadar, ausência de esconderijos, etc.). Pode-se ler no site da Gulbenkian:
“(…) A exposição de Miguel Palma (Lisboa, 1964) será densa e simultaneamente lúdica, mostrando mais de uma centena de esculturas, instalações e vídeos.” Para qualquer pessoa minimamente consciente nada há de lúdico na utilização de animais como objetos de arte nem em qualquer ação que conduza à manutenção de um animal num cativeiro onde não existem condições para sua vida.
Num país, onde reinam a indiferença, a negligência e os maus-tratos para com os animais, é decepcionante ver exemplos como este também no mundo da arte. É condenável não só termos uma instituição como a Fundação Calouste Gulbenkian a acolher uma exposição onde se utiliza um animal como algo de “lúdico”, mantendo-o no dito cativeiro, como existir um artista – Miguel Palma – que se mostra tão ignorante relativamente a tudo isto.
(Nome, Cidade, País)