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ABUSO E EXPLORAÇÃO

Peixe brilhante: megaoperação do Ibama mira comércio de animais modificados com genes de água-vivas

21 de março de 2025
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Foto: Divulgação Ibama

O Ibama deflagrou uma megaoperação para combater o comércio ilegal de peixes ornamentais geneticamente modificados. A ação resultou em 36 autos de infração, totalizando R$ 2,38 milhões em multas, e no resgate de 58,4 mil animais.

A operação aconteceu em sete estados e no Distrito Federal nas duas primeiras semanas do mês. Os animais das espécies paulistinha, tetra-negro e beta foram modificados com a inserção de genes de anêmonas e de águas-vivas. Como resultado, eles passaram a brilhar quando submetidos à luz ultravioleta.

O município mineiro de Muriaé foi um dos principais alvos da ação do Ibama. Em 2022, foram encontrados peixes transgênicos nos rios da região. A Operação Quimerea Ornamentais aconteceu no Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo, além do Distrito Federal.

Segundo o Ibama, a importação e o comércio destes animais transgênicos não são permitidas no Brasil. O motivo é eles não terem passado por uma avaliação de risco e não terem liberação comercial.

“Somente após uma extensa avaliação dos riscos desses OGMs para o meio ambiente, saúde humana e animal, é que a CTNBio poderá emitir parecer técnico sobre a sua liberação ou não”, explica Isaque Medeiros, Chefe do Núcleo de Fiscalização da Biodiversidade do Ibama.

Os principais riscos relativos a esses peixes estão relacionados a possibilidade de sua liberação na natureza. Os principais riscos relativos a esses peixes estão relacionados a possibilidade de sua liberação na natureza. “Por serem geneticamente modificadas, há ainda o fato de não se saber o dano ambiental que isso pode causar, haja vista que esses organismos não passaram por análise”, explica o Ibama.

Fonte: O Globo

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