A Polícia Civil de Brotas, São Paulo, decretou nesta terça-feira (21) a prisão do pecuarista Luiz Augusto Pinheiro de Souza e do segurança da Fazenda Água Sumida, Rinaldo Ferrarezi.
Os dois homens são indiciados pelos crimes ambientais de maus-tratos a mais de mil animais. Ferrarezi foi preso em Ribeirão Bonito e ficará recluso temporariamente no Presídio Militar Romão Gomes, em São Paulo, por ser policial militar aposentado. Os advogados do segurança disseram ao G1 que a prisão se mostra “desnecessária”.
Luiz Augusto é considerado foragido da Justiça. Os representantes legais de Pinheiro de Souza preferiram não se manifestar. O pecuarista já foi preso uma vez no começo de novembro por cometer o crime de maus-tratos, mas pagou uma fiança de R$ 10 mil e foi liberado.
O Ministério Público de São Paulo (MPSP) solicitou a detenção dos homens, além do crime contra os animais, por ameaça, falsificação de documentos e falsidade ideológica. O pedido chegou a ser negado na 1° Vara de Brotas na última sexta-feira (17).
Contudo, a decisão foi revertida no domingo (19) em determinação do desembargador Euvaldo Chaib, que atendeu uma solicitação do MPSP. A determinação foi obtida por medida cautelar de uma ação movida pela Promotoria de Brotas em conjunto com o Gaema (Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente) e a ONG Amor e Respeito Animal (ARA).
Na decisão, o desembargador destacou “a reiterada crueldade com os animais precitados perdurou por aproximadamente 04 (quatro) meses, acarretando, não só comoção social e repercussão internacional, como também risco à saúde pública e severos danos ao meio ambiente”.