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PCP/Açores avança com proposta para travar morte induzida de animais errantes

15 de julho de 2015
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Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

O líder do PCP/Açores apresentou hoje uma proposta de decreto legislativo regional que visa proibir a morte induzida de animais errantes nos Açores, propondo, em alternativa, a esterilização e campanhas de sensibilização.
“Nos Açores, estima-se que sejam abatidas várias dezenas de animais, por semana, existindo canis com elevadíssimas taxas de abate, o que é uma prática incompatível com a crescente consciência e sensibilidade em relação aos direitos dos animais de uma parte cada vez mais alargada da sociedade açoriana”, declarou Aníbal Pires na apresentação da proposta do seu partido, aos jornalistas, em Ponta Delgada.
Na proposta, o PCP/Açores considera um animal errante um animal doméstico que seja encontrado na via pública ou outros locais públicos fora de controlo e guarda dos seus detentores ou quando há fortes indícios de que foi abandonado, não tem detentor ou não está identificado.
O líder dos comunistas açorianos e deputado no parlamento da região recorda que, de acordo com a Organização Mundial de Saúde e a Ordem dos Médicos Veterinários, o “abate sistemático e indiscriminado de animais saudáveis”, principalmente cães, mas também gatos, “não constitui solução” para a sobrelotação de animais de companhia e errantes.
Para Aníbal Pires, a política de morte induzida constitui um “expediente de fim de linha” que não consegue reduzir os animais existentes, limitando-se a “procurar minimizar, numa ótica de curto prazo, as despesas das entidades públicas com o seu tratamento, alojamento e alimentação”.
O PCP/Açores considera que uma política de recolha, de esterilização, a par de campanhas de consciencialização e responsabilização para o bom tratamento dos animais, constituem a “única solução eficaz” para os animais errantes.
Esta proposta agora apresentada pelo PCP/Açores foi recentemente aprovada pelo parlamento da Madeira, no âmbito de uma iniciativa comunista, estando Aníbal Pires convicto de que o não abate dos animais errantes traduz o sentimento generalizado da população açoriana.
David Santos, biólogo que colaborou nesta iniciativa do PCP, destacou que só no canil de Ponta Delgada são mortos 1.500 animais por ano, de acordo com dados de há quatro anos, podendo a crise económica e financeira ter contribuído para acentuar esta realidade.
Ainda de acordo com o biólogo, que considera esta uma questão ética mas também económica, os custos com materiais de morte induzida varia entre os e 60 e 70 euros por animal, enquanto a esterilização custa entre três e 16 euros.
Catia Benedetti, militante do PCP que também integra uma rede de voluntariado da recolha de animais, destacou que existe neste momento uma grande angústia por não se poderem recolher todos os animais da rua para efeitos da adoção.
*Esta notícia foi escrita, originalmente, em português europeu e foi mantida em seus padrões linguísticos e ortográficos, em respeito a nossos leitores.
Fonte: Açoriano Oriental
 

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