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Paulistanas conseguiram tutores para 4.200 gatos abandonados

26 de janeiro de 2012
3 min. de leitura
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Em 2003, Susan Yamamoto, 35, e Juliana Bussab, 35, receberam um e-mail que dizia que uma protetora de animais, sem recursos financeiros para continuar cuidando de 44 gatos, havia soltado os bichanos na rua de uma só vez. Com a ajuda de um grupo de amigos, elas resgataram os animais, alugaram dois apartamentos em Osasco, cuidaram de cada um deles e batalharam para que fossem adotados.

Essa foi apenas uma das ações realizadas pela dupla desde que montaram o site Adote Um Gatinho e que está relatada no livro “Gatos Sortudos – Histórias Emocionantes de Bichanos Resgatados”, lançado em dezembro passado.

Juliana Bussab, 35, e Susan Yamamoto, 35, fundaram a ONG Adote um Gatinho, que já destinou cerca de 4.200 animais (Maria do Carmo/Folhapress)

As duas jornalistas se conheceram em 2002 numa comunidade virtual que reunia interessados em castrar os gatos do parque próximo de onde moravam. Com o tempo, notaram que tinham a mesma paixão por felinos e o trabalho tomou fôlego. “A ideia inicial era castrar e devolver os gatos ao parque, mas ficamos com dó de deixar os filhotes, então começamos a abrigá-los em nossas casas”, diz Susan.

Em 2007, o trabalho ficou mais organizado e elas viraram uma ONG. A entidade, que já fez com que cerca de 4.200 gatos fossem adotados (uma média de 60 por mês), hoje conta com 50 voluntários.

“Eles podem abrigar gatos, oferecer transporte, participar do bazar, responder e-mails e até confeccionar produtos que levam a nossa marca”, conta Susan. Dos 350 gatos que estão atualmente à espera de um lar, apenas cem ficam no abrigo. O restante é cuidado pelos voluntários, nos chamados “lares temporários”.

Bell Adeira, 45, administradora e voluntária da ONG há quatro anos, já chegou a cuidar de 15 gatos ao mesmo tempo em sua residência. “Não é fácil dizer adeus a um animal que ficou na sua casa, muitas vezes eu choro, mas é preciso desapegar.”

Antes da adoção, os bichos são avaliados por um veterinário da entidade. Se for constatada alguma doença –muitos chegam gripados ou com diarreia–, é iniciado o tratamento. Depois disso, o gato é vermifugado, vacinado e, por fim, castrado.

Os queridinhos

Os gatos mais procurados no Adote um Gatinho são os filhotes e os de cor clara. Amarelos, brancos, siameses, azuis e “sialatas” (siamês com vira-lata) não demoram para conseguir um lar.

Por outro lado, os adultos, os pretos e brancos ou os chamados “escamas de tartaruga” (mesclados) ficam mais tempo na espera. Segundo Susan, o problema é maior com os gatinhos pretos. “Acham que dá azar. Se fosse assim, eu estaria perdida, pois tenho três.”

Quem pode adotar

O formulário de adoção tem questões do tipo: “Qual o motivo pelo qual decidiu adotar um gato?” e “O que vai fazer se engravidar ou se o gato arranhar seu filho?”. O candidato deve ter condição financeira para cuidar do felino, garantindo vacinas anuais, visitas ao veterinário e ração de qualidade.

Além disso, é obrigatório que a pessoa tenha um lar seguro. Apartamentos devem ter redes de proteção em todas as janelas. Candidatos que moram em casas são mais rejeitados porque os animais podem fugir mais facilmente.

Fonte: Folha

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