Paul McCartney não está feliz com o cardápio da COP30. O ex-integrante dos Beatles se uniu à ONG Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais (Peta) para cobrar do presidente da conferência, André Corrêa do Lago, explicações sobre a inclusão de carne nas refeições. “Fiquei chocado ao saber que apenas 40% da comida servida na COP30 é vegetariana”, escreveu o músico em carta enviada ao diplomata brasileiro.
O músico é ativista da causa animal há décadas, inclusive sendo o responsável por criar a Segunda Sem Carne, em 2009. A campanha incentiva pessoas a excluírem proteínas animais do cardápio em um dia da semana.
Paul McCartney compara carnes a cigarros
No texto compartilhado pela Peta nesta quinta-feira, 6, o beatle pede que a COP passe a ser 100% vegetariana. “Servir carne em um evento sobre o meio ambiente é como distribuir cigarros em uma convenção de prevenção ao câncer”, compara.
O britânico ainda aponta uma incongruência no próprio site da COP30. Em uma página, a conferência ressalta que a alimentação plant-based teria, supostamente, uma menor pegada de carbono. “Eu o incentivo a dar o exemplo”, diz McCartney a Lago.
Apesar da crítica à comida, o músico elogiou a escolha de Belém como a sede do evento:
“[Belém é] a porta de entrada da Amazônia, floresta conhecida como ‘os pulmões da Terra’, por absorver e armazenar grandes quantidades de dióxido de carbono enquanto libera oxigênio.”
Sempre que excursiona no Brasil, McCartney distribui panfletos com dados sobre o vegetarianismo e a sua Segunda Sem Carne. “Eu apoio muitas causas, mas esta, em especial, é pessoal para mim, porque reflete o modo como vivo”, disse McCartney à revista National Geographic, em 2017. “Com esta campanha, posso dizer às pessoas: ‘Apenas experimentem’, e mostrar que isso pode ser bem divertido.”
Fonte: Revista Oeste