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Patriotismo idiota

25 de junho de 2010
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Adoro futebol, mas quando meu time – o Palmeiras – joga. Aí eu assisto aquelas mesas redondas, analiso tabelas, agendo os próximos jogos como se fossem meus compromisso. Não tenho o mesmo entusiasmo pela seleção brasileira. Mas respeito quem gosta. Até certo ponto.

Eu torço pelo meu time gritando pela janela, abraçando quem está por perto, rindo à toa. Mas não admito e jamais entenderei essas pessoas que a cada gol do seu time (ou da seleção) soltam fogos e sopram aquelas trombetas do inferno.

Falo por mim e, é claro, pelos outros animais. O que eles passam nessas épocas de Copa do Mundo especialmente é absurdamente cruel. Antes e depois de cada jogo e a cada gol é aquele inferno de rojões e cornetas, agora chamadas de vuvuzelas.

Não preciso contar no site da ANDA o que passam os animais (especialmente os cães) nesses momentos – a dor, a angústia, o desespero, a busca de algum refúgio. Quem solta fogos é mais torcedor que aquele que não solta? Aquele que comemora pelas ruas com uma bandeira na janela e a mão esmagando a buzina é mais brasileiro? Ou o problema é de inteligência, consciência, compaixão e racionalidade?

Pensando unicamente em função de cães, gatos e outros animais, minha vontade é que o Brasil seja desclassificado o mais rapidamente possível.

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