O pastor Lúcio Barreto Júnior, mais conhecido como pastor Lucinho, da Igreja Batista da Lagoinha em Belo Horizonte (MG), voltou a causar polêmica com declarações consideradas ofensivas e ultrapassadas. Em recente pregação dirigida a homens, ele afirmou sentir saudade do tempo em que se podia chutar cachorro.
As declarações inaceitáveis ampliam um histórico de comportamentos inadequados, que incluem também o relato em que disse ter beijado a filha na boca — fala que repercutiu fortemente nas redes sociais e gerou processos judiciais. Em 2024, o Ministério Público de Minas Gerais o acusou de incitação à violência de gênero e requer indenização de R$ 300 mil por danos morais coletivos, além de retratação pública. A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) chegou a acionar o Ministério Público Federal, cobrando ainda mais reparação no valor de R$ 3 milhões, por entender que essa conduta do pastor reforça violação contra vulneráveis.
As falas de Lucinho reforçam a necessidade de atenção sobre quem ocupa posições de liderança e influência, especialmente quando reproduzem discursos que legitimam crueldades contra os animais e contra outros seres humanos. A compaixão, que deveria ser central à fé e à convivência social, não pode conviver com esse tipo de mensagem.