Os chapins de bico preto, conhecidos por sua habilidade em guardar grandes quantidades de comida durante os meses mais quentes, agora revelaram um segredo intrigante: eles criam uma memória semelhante a códigos de barras para localizar seus esconderijos de alimentos.
Pesquisadores dos EUA, em um estudo publicado na revista Cell, revelam como deram acesso esporádico a sementes de girassol a chapins em uma arena com mais de 120 locais possíveis para esconder comida. Usando sondas implantadas nos cérebros das aves para registrar a atividade neural no hipocampo, os cientistas observaram que cada vez que um pássaro escondia ou recuperava uma semente, um padrão distinto de neurônios disparava em seu cérebro, criando um padrão semelhante a um código de barras.
Esse padrão específico, denominado “código de barras”, era diferente da atividade das células locais no hipocampo, sugerindo que os pássaros usam mecanismos diferentes para criar memórias de eventos específicos e para mapear mentalmente uma área.
Embora esses resultados se refiram aos chapins de bico preto, os pesquisadores levantam a possibilidade de que mecanismos semelhantes possam estar presentes em outros mamíferos, incluindo humanos. Isso destaca a notável capacidade mental dessas pequenas aves comuns e sugere uma nova compreensão sobre como os cérebros armazenam informações associadas a eventos específicos.