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ESPERANÇA

Pássaro raro é fotografado pela primeira vez em 55 anos em ilha da Oceania

22 de setembro de 2024
2 min. de leitura
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Foto: WWF-Pacific

Após 55 anos, especialistas finalmente encontraram um indivíduo de açor-da-nova-bretanha, ave nativa da ilha Nova Bretanha, na Papua-Nova Guiné. Ela foi considerada desaparecida nesse período, figurando como vulnerável na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas, da IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza).

“Embora tenha havido vários avistamentos, o açor-da-nova-bretanha parece ter escapado da documentação de fotos, sons e espécimes por 55 anos”, disse John Mittermeier, diretor da Search for Lost Birds da American Bird Conservancy, em comunicado.

Segundo alguns residentes do local em que a ave foi encontrada, essa espécie não pode ser vista na costa, mas no interior da região de Pomio, na Nova Bretanha Oriental, ainda que raramente. O país possui a terceira maior floresta tropical intacta do mundo, ficando atrás da Amazônia e da bacia do Congo.

“Houve pouquíssimos estudos de biodiversidade na Nova Bretanha, e o potencial de descoberta de espécies novas para a ciência é bastante alto”, afirmou Martha Eimba, Gerente de Paisagem de Pomio na WWF-Papua Nova Guiné, que pretende desenvolver um programa de conservação abrangente no país. “Mas é uma corrida para protegê-las, com pressões iminentes e a pobreza sendo uma realidade para muitos.”

A Papua Nova Guiné tem mais de 5 mil lagos, sistemas fluviais extensos e e mais de 8 mil quilômetros de manguezais, lagoas, recifes de corais e atóis. O governo do país está em processo de revisão de sua Estratégia Nacional de Biodiversidade e Plano de Ação, antecipando a Conferência de Biodiversidade das Nações Unidas de 2024, que acontecerá na Colômbia em outubro.

“Foi uma grande surpresa saber que essa foto parece ser a primeira dessa ‘espécie perdida’! É maravilhoso ver como a fotografia de conservação pode ajudar a proteger áreas documentando a biodiversidade existente e também um bom lembrete da importância da narrativa visual”, declarou o autor da fotografia, Tom Vierus que, de início, não sabia que a espécie que fotografou estava sumida há 55 anos. É isso que podemos chamar de um clique de sorte.

Fonte: Um Só Planeta

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