A Páscoa, celebrada em 12 de abril, é um momento trágico para os coelhos. Reduzidos à condição de presente, eles são objetificados, comercializados e, muitas vezes, descartados posteriormente.
Comprados por impulso por famílias que levam o animal para casa apenas com a intenção de presentear alguém – geralmente uma criança -, sem considerar que se trata de um ser vivo que requer cuidados e com o qual deve-se ter um compromisso para a vida toda, esses animais costumeiramente são abandonados após passar a euforia do momento.
O erro se inicia na compra. Fêmeas exploradas são forçadas a dar crias para que seus filhotes sejam precificados como se fossem objetos. Muitas vezes deixados em cercados dentro de pet shops, eles acabam sendo comprados por famílias sem consciência no que se refere aos direitos animais.
Esses direitos têm como uma de suas premissas respeitar a condição de ser senciente de cada animal, rejeitando qualquer prática contrária à preservação de sua dignidade. Tratar uma vida como mercadoria é uma das tantas ações que atentam contra a dignidade animal. Abandoná-la posteriormente, quando ela perde a graça, é outra.
Nesta Páscoa, o pedido de quem se importa verdadeiramente com os animais é um só: respeito. Coelhos não são objetos, não devem ser tratados como uma “coisa” a serviço do ego humano. Eles existem por propósitos próprios, não para agradar as pessoas com sua fofura ou serem exibidos pelo tutor como se fossem um objeto decorativo.
Levar um coelho para casa é uma ação que deve ser realizada de maneira planejada e nunca através do comércio. A adoção de animais é um ato altruísta, mas deve haver responsabilidade. Nesta data comemorativa, a melhor forma de demonstrar afeto pelos coelhos é deixando de comprá-los, conscientizando outras pessoas a respeito da crueldade do comércio de animais e optando por adotar coelhos que necessitam de lares.