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FALTA DE OXIGÊNIO

Paris-2024: entidade encontra cavalos das provas de hipismo com a língua azul

7 de agosto de 2024
2 min. de leitura
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Foto: CBH – Confederação Brasileira de Hipismo

Uma fiscalização realizada pela Federação Equestre Internacional (FEI) encontrou alguns dos cavalos usados nas provas de hipismo com as línguas azuis, o que, geralmente, é causado pela falta de oxigênio. A informação foi confirmada por um veterinário chefe da organização à agência de notícias Reuters nessa terça-feira, durante um evento que já desperta atenção para esses animais, principalmente após a divulgação de um vídeo no qual a multimedalhista britânica do adestramento Charlotte Dujardin maltrata um cavalo.

A FEI acessou fotos de provas de adestramento dessas Olimpíadas tiradas por um de seus fotógrafos, segundo o veterinário chefe da FEI, Goran Akerstrom. Ele afirmou que alguns dos registros na última terça-feira mostraram cenas de “danos aos animais”.

“A preocupação nessas fotos eram as línguas azuis, provavelmente causadas pela alta tensão das rédeas”, disse Akerstrom, acrescentando que as rédeas duplas, obrigatórias em torneios de adestramento de alto nível, também desempenhavam um papel no corte de oxigênio da língua, causando “dor ou desconforto desnecessário”.

Dezenas de chicoteadas

O programa Good Morning Britain divulgou na semana passada o vídeo enviado de forma anônima à FEI que mostra Charlotte maltratando um cavalo. A denúncia provocou a suspensão provisória da atleta de 39 anos – que conquistou dois ouros em Londres-2012 e competiria em Paris-2024– por seis meses.

Nas imagens, Dujardin aparece batendo no animal com um chicote longo dezenas de vezes em um minuto, durante uma aula com uma aluna de 19 anos, em seu estábulo particular. Pouco antes de ser suspensa, nesta terça-feira, ela já havia anunciado sua retirada da disputa dos Jogos.

No comunicado em que informa a suspensão provisória da atleta britânica, a FEI confirma a veracidade do vídeo: Dujardin maltratou um animal e teve o caso revelado por uma fonte anônima, que contratou um advogado para enviar as imagens à federação internacional.

“Estamos muito desapontados com este caso, especialmente por estar tão próximo dos Jogos Olímpicos de Paris-2024. No entanto é nossa responsabilidade e crucial que abordemos qualquer caso de abuso, já que o bem-estar dos cavalos não pode ser comprometido”, declarou Ingmar De Vos, presidente da FEI.

Dujardin já havia divulgado um pedido de desculpas e afirmado que isso era “completamente fora do meu normal” e um “erro de julgamento”. Três dias antes da Cerimônia de Abertura de Paris-2024 no Rio Sena, ela anunciou que estava se retirando da competição olímpica.

“Surgiu um vídeo de quatro anos atrás que me mostra cometendo um erro de julgamento durante uma sessão de treinamento. […] O que aconteceu foi completamente fora do meu normal e não reflete como eu treino meus cavalos ou meus alunos; no entanto, não há desculpas”, afirmou ela em nota publicada em seu Instagram.

Fonte: O Globo

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