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Parentes do acusado de assassinar Eliza Samudio autorizam sacrifício de cães

23 de julho de 2010
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Zanone Manoel de Oliveira Júnior, advogado do ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, um dos acusados do assassinato de Eliza Samudio, contou que a mãe e uma das filhas do ex-policial foram na manhã desta sexta-feira (23) à sede da Divisão de Investigações de Belo Horizonte para assinar um termo de consentimento para que dois dos cachorros de Bola – um vira-lata e um shar pei – sejam sacrificados. Segundo o advogado, os animais pegaram leishimaniose.

Dois cães, um vira-lata e um sharpei, devem ser sacrificados (Foto: Glauco Araújo/G1)
Dois cães, um vira-lata e um sharpei, devem ser sacrificados (Foto: Glauco Araújo/G1)

Ainda segundo o defensor, os outros oito rotweillers – dois adultos e seis filhotes – do ex-policial devem voltar para a casa do tutor, em Vespasiano, na região metropolitana de Belo Horizonte, ainda nesta sexta-feira. Oliveira Júnior contou que a autorização foi dada pelo delegado Edson Moreira, que preside as investigações do caso Eliza Samudio.

No início da manhã desta sexta, a Polícia Civil de Minas Gerais confirmou que os exames nos cachorros do ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, foram feitos na quinta-feira (22). Peritos do IC (Instituto de Criminalística) realizaram a análise no Centro de Zoonozes de Belo Horizonte, na região norte da cidade, entre as 15h e as 17h da quinta.

A polícia investiga se os animais comeram partes do corpo de Eliza Samudio. Há a suspeita de que Bola tenha matado, esquartejado e dado partes do corpo da ex-amante de Bruno para os cães.

De acordo com o veterinário Fernando Pinheiros, consultado pela polícia sobre os exames que poderiam ser feitos nos animais, foi feita uma raspagem nos pelos do focinho e das patas dos cães para aplicar o luminol, material que identifica manchas de sangue. O veterinário afirmou que essas partes dos cães foram escolhidas porque são onde o cachorro mais se lambuza com sangue quando come carne.

Questionado se não havia se passado muito tempo após a suposta morte de Eliza Samudio para a realização do exame, Pinheiro disse que não há problemas.

“O exame com luminol pode ser feito até dois anos [após o incidente] que ainda detecta [sangue].”

A polícia não informou a data em que sairá o resultado dos exames.

Com informações do R7

Nota da Redação: Mais uma vez inocentes pagarão com a vida por um crime que não cometeram. Além de serem vítimas de crueldade, explorados como cães de guarda, viverem aprisionados em um canil, terem sido treinados para a violência e terem sido envolvidos em um crime, agora serão inescrupulosamente mortos com argumentos injustificáveis, sem a menor consideração por sua vida. A violência humana continua implacável. Mais crimes são cometidos para justificar outros crimes.

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