O Laboratório de Ecologia e Conservação (LEC), através do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), registrou o encalhe de 739 animais marinhos no litoral do Paraná. Pinguins-de-magalhães, tartarugas-cabeçudas, tartarugas-verdes e as aves pardelas-sombrias foram as principais espécies encontradas nos municípios de Guaratuba, Matinhos e Pontal do Paraná.
Nesta época do ano, é comum que animais migratórios, como os pinguins e as tartarugas, apareçam com maior frequência no litoral do estado, conforme explicou a bióloga e coordenadora do PMP-BS/UFPR, Camila Domit.
“O aumento da ocorrência desses animais na zona costeira resulta em maior risco de interações com as atividades humanas, o que acaba influenciando na mortalidade dos animais em nosso litoral”, explicou Camila ao portal Bem Paraná.
Os animais mortos encontrados em boas condições são submetidos à necrópsia para que as causas das mortes possam ser descobertas. No entanto, muitos deles aparecem nas praias já em estado avançado de decomposição, o que impede a realização de exames.
Em setembro, 53 necrópsias foram realizadas. O objetivo dos exames e das discussões técnicas realizadas pelos especialistas é avaliar as ações e acontecimentos que impactam os animais marinhos.
No caso daqueles que são resgatados com vida, é realizado um encaminhamento para o Centro de Reabilitação, Despetrolização e Análise da Saúde da Fauna Marinha (CRED), localizando no Centro de Estudos do Mar. Abrigados na unidade, eles são estabilizados e reabilitados. Ao final da reabilitação, são devolvidos à natureza.
O que fazer ao encontrar animais marinhos?
Especialistas reforçam que não se deve tentar resgatar, em hipótese alguma, animais marinhos vivos ou mortos encontrados em praias brasileiras. Nestes casos, o recomendado é isolar o local, manter cães e gatos longe do animal encalhado e acionar um serviço especializado.
No litoral do Paraná, é possível acionar equipes de resgate pelo telefone 0800 642 3341 e pelo WhatsApp (41) 99213-8746.