Muitos tutores se perguntam para onde os gatos vão quando saem de casa e o que fazem longe dos nossos olhos. Um estudo científico recente ajuda a esclarecer esse comportamento e mostra que, na maioria das vezes, os gatos não se afastam tanto quanto muita gente imagina.
O hábito de gatos circularem livremente desperta curiosidade e preocupação. Além dos riscos para o próprio animal, há impactos no ambiente e na convivência com outros gatos da região. Por isso, pesquisadores decidiram acompanhar gatos domésticos com acesso à rua para entender melhor seus deslocamentos e padrões de comportamento.
De acordo com o estudo publicado na revista Scientific Reports, do grupo Nature, a maioria dos gatos permanece muito próxima do local onde vive. Os dados mostram que eles costumam circular por quintais vizinhos, terrenos próximos e ruas ao redor, raramente se afastando grandes distâncias da própria casa.
O tamanho do território varia de gato para gato, mas geralmente é limitado. A área percorrida costuma depender da oferta de abrigo, alimento e sensação de segurança. Machos não castrados tendem a explorar áreas maiores, enquanto fêmeas e gatos castrados mantêm deslocamentos mais curtos e previsíveis.
Grande parte do tempo fora é usada para explorar o ambiente. Os gatos caminham, observam o entorno, descansam em locais tranquilos e reforçam marcas territoriais. O estudo também aponta que muitos gatos repetem rotas e pontos específicos, criando uma rotina externa estável em vez de explorar lugares novos diariamente.
Quais fatores influenciam até onde o gato vai?
Os pesquisadores identificaram fatores que interferem diretamente nos deslocamentos:
- Sexo e se o gato é castrado ou não.
- Quantidade de outros gatos na região.
- Tipo de ambiente, urbano ou mais aberto.
- Nível de estímulo e conforto dentro de casa.
Em áreas urbanas densas, os trajetos costumam ser menores. Já em locais mais abertos, alguns gatos exploram um pouco mais.
Entender para onde os gatos vão muda a forma de cuidar deles
O estudo ajuda a desfazer a ideia de que gatos percorrem longas distâncias diariamente. Na prática, a maioria cria um território pequeno e repetitivo. Mesmo assim, os pesquisadores reforçam que o acesso à rua envolve riscos. Oferecer um ambiente interno rico em estímulos pode reduzir a necessidade dessas saídas.
Fonte: Revista Oeste
