O Japão já aprovou quatro orçamentos extras para se recuperar após o tsunami de março, mas alguns dos destinos desse dinheiro pode ter fins controversos. Segundo o Greenpeace, o país usou 2,3 bilhões de ienes dos subsídios (US$ 30 milhões) para financiar a frota usada para caçar baleias. Autoridades do país alegam que a indústria da pesca desses animais “ajuda a comunidade costeira”.
A frota baleeira partiu para a Antártica nesta semana, mas não há confirmação de Tóquio. Faz 25 anos que entrou em vigor uma proibição à caça de baleias, mas mil desses animais são capturados anualmente no Japão. O pretexto mais comum é a coleta para pesquisas científicas. No começo do ano, a Agência de Pesca solicitou verba extra do programa emergência para financiar a atividade.
Os governos das vizinhas Austrália e Nova Zelândia critica a decisão japonesa.
Luta pelo fim da matança
O número de baleias capturadas pelo Japão na última campanha na Antártida desceu para o nível mais baixo desde 1987, anunciou o ministro da Agricultura e da Pesca nipónico, atribuindo os resultados à contestação das organizações não-governamentais.
O ano de 1987 corresponde à primeira campanha de caça à baleia dita “científica” do Japão.
Segundo Yoshimasa Hayashi, que falou de “sabotagem imperdoável”, 103 pequenas baleias-minke (de pequena dimensão) foram capturadas, menos de metade do que durante a campanha anterior.
O Japão tinha fixado uma quota de mais de 1.000 baleias-minke para este ano.
Neste ano, a organização não-governamental Sea Shepherd, reportou, por sua vez, um total de 75 animais capturados durante a campanha de novembro a março.
Para enfrentar os japoneses, a Sea Shepherd utilizou, neste ano, quatro navios, um helicóptero e três drones (aviões não tripulados), entre outros veículos.
Com informações de O Tempo