Como ninguém procurou pelo papagaio, que ganhou o apelido de “Bicudo”, Wanderley entrou em contato com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e na tarde desta sexta-feira um biólogo recolheu a ave e encaminhou para o Parque Nacional da Serra dos Órgãos. Após análise, será levado para um Centro de Triagem de Animais Silvestres.
Segundo Guilherme Andreoli, que trabalha na SMMA e também em projetos como o Fauna Viva, da Concessionária Rio-Teresópolis, a aparição dessas espécies têm sido cada vez mais comum na região. “Temos recebido muitos papagaios e araras, infelizmente. Como eles vivem muito, mais de 50 anos, acabam sendo abandonados”, atenta.
Ao receber a notícia da recuperação de mais um Amazona aestiva, o Secretário Municipal de Meio Ambiente alertou para o contínuo e extremamente danoso tráfico de animais silvestres. “Essa espécie vem do Nordeste e Norte e, para cada uma que consegue chegar aqui e sobreviver, outras nove morre. As pessoas têm que saber que por trás de um desejo de ter um pássaro como esse em casa, vários outros acabam morrendo e a espécie acaba entrando em extinção”, explica.
Castro informou ainda que caso seja flagrada criando ilegalmente esse tipo de ave, a pessoa pode ser punida por crime ambiental. Em Teresópolis, porém, esses criadores ilegais podem evitar multa de até R$ 5 mil. “Basta entregar a ave, seja de que espécie for, espontaneamente. Continuamos com a campanha Pássaro Legal é Pássaro Solto, que visa resgatar esses animais e conscientizar a população, incentivando a entrega voluntária com a anistia da punição”, informou.
O divertido Papagaio-verdadeiro é o mais popular no Brasil, entre as 27 espécies do gênero Amazônica, das quais 10 se encontram no país. Porém, eles vivem em bandos e são aves que precisam de companhia e contato com seus tutores no cativeiro, senão ficam agressivas.
Na fase adulta, a cor predominante é o verde, combinado com azul na fronte e ao redor do bico; amarelo no topo da cabeça, em volta dos olhos e em pontos da garganta; vermelho (ou vermelho e amarelo) nas extremidades superiores das asas e base da cauda e preto no bico e margens de plumas no pescoço e parte superior do peito.
Mais informações de como entregar em caso de animal adquirido de forma ilegal podem ser obtidas no telefone 2742-7763.
Fonte: Diário de Teresópolis