Líderes políticos e religiosos, cientistas, economistas e chefes de organizações da sociedade civil reuniram-se com o Papa nesta sexta-feira (6) em conferência para discutir uma maneira de elucidar a sociedade sobre a gravidade da situação do planeta.
O evento, organizado pelo Vaticano , pretende suscitar um “movimento massivo” de ações e responsabilidade moral para a proteção da Terra. Com dois dias de duração, o encontro foi inspirado pelo terceiro aniversário da encíclica do Papa intitulada Laudato si’.
A carta redigida por Francisco critica o consumismo e desenvolvimento irresponsável e faz um apelo à mudança e à unificação global das ações para combater a degradação ambiental e as alterações climáticas.
O Diretor Executivo da ONU Meio Ambiente, Erik Solheim, discursa no segundo dia de reuniões, intitulado como “Agindo em Conjunto para Salvar Nosso Lar em Comum”.
“Os desafios que enfrentamos em torno das mudanças climáticas, perda de biodiversidade e desmatamento são assustadores”, escreveu Solheim em seus comentários para a conferência. “Estamos alcançando, ultrapassando e ignorando pontos de inflexão ambiental global que estão causando enormes problemas para a humanidade e atingindo os mais pobres e mais vulneráveis”, pontuou.
O papa Francisco se mostrou um ávido defensor do meio ambiente desde a sua nomeação, em 2013. O pontífice tem repetidamente chamado à atenção para necessidade da união entre as comunidades para a proteção do planeta.
A conferência internacional para a Promoção do Desenvolvimento Humano Integral destacou os relatos pessoais de vítimas de crises ambientais, refletindo sobre como entender e responder a essas crises.
O evento é o primeiro de uma série de diálogos importantes sobre o assunto que ainda acontecerão este ano, incluindo a Cúpula Global de Ação Climática, que ocorrerá na Califórnia, a reunião anual do Fundo Monetário Internacional, em Bali e a cúpula climática COP 24 em Katowice, Polônia.