Por Danielle Bohnen (da Redação)
Os presidentes da África do Sul, Jacob Zuma e Moçambique, Armando Guebuza, dicidiram em reunião bilateral em Pretoria, colaborar para impedir a caça aos rinocerontes, com o treinamento de guardas florestais e a ajuda da polícia internacional, a Interpol.
Depois do encontro, Zuna declarou que ambos os países estão preocupados com a caça aos rinocerontes no Parque Tranfronteiriço do Limpopo e que o tema será tratado na Comunidade para o Desenvolvimento da África Meridional (SADC), pois a caça se multiplicou no continentes nos últimos anos.
O Parque Tranfrinteiriço do Limpopo encontra-se nos território da África do Sul, Moçambique e Zimbabwe e permite a passagem de turistas pelos países sem trâmites migratórios. A região do parque une os parques e reservas nacionais de Limpopo, em Moçambique; Kruger, na África do Sul e Gonarezhou, Manjinji Pan e Malipati, de Zimbabwe, em uma área de 35 mil quilômetros.
Cerca de 250 mil rinocerontes morreram no último ano, vítimas da caça na África do Sul, por causa do marfim, que é vendido a preços extremamente altos em países da Ásia, como China e Vietnã, onde ainda é utilizado como produto medicinal.
Tanto a África do Sul como Moçambique e Zimbawe adotaram diversas medidas para impedir a caça nos últimos meses e foram presas diversas pessoas acusadas pelo crime, para tal, foram utilizados modernos equipamentos de comunicações e equipamentos de transporte aéreo.
A caça de elefantes e rinocerntes na África, quintuplicou desde de 2007 apesar dos esforços das autoridades para erradicar essa prática, segundo o jornal queniano Business Daily.
As áreas que fazem fronteira como os Grandes Lagos, por onde a presença estatal é mínima, são as mais afetadas pela caça e segundo o Business Daily, o comércio de marfim pode ser utilizado para financiar grupos terroristas como o Al Shabab, ligado ao Al Qaeda.