Por Simone Gil Mondavi (da Redação – Argentina)
Vários países africanos e asiáticos, incluindo a China, se comprometeram nesta terça-feira (03), em Botsuana, a tomar medidas urgentes para proteger os elefantes da África e combater o contrabando do marfim. As informações são do Terra.
O acordo foi realizado após a última jornada do Seminário do Elefante africano, uma conferência organizada pelo Governo de Botsuana e a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) que se celebrou esta semana em Gaborone.
Entre os países figuram aqueles com populações de elefantes como Gabão, Quênia, Níger e Zâmbia, assim como nações que servem de trânsito do comercio de marfim como Vietnam, Filipinas e Malásia, e os destinos deste contrabando como China e Tailândia.
O compromisso da China, tem especial relevância já que é considerado o maior mercado de marfim do mundo.
“A oportunidade de combater o crescente comércio de marfim é fundamental e se não cortarmos pela raiz esta tendência, as futuras gerações condenarão nossa covardia em agir”, advertiu o presidente de Botsuana, Ian Khama, em um comunicado.
“Agora é o momento de que África e Ásia unam forças para proteger esta espécie”, adicionou Khama.
Um das quatorze medidas adotadas foi a tipificação do tráfico de animais selvagens como um “delito grave”, o que implicaria uma maior cooperação legal e policial entre os países.
“Estamos muito satisfeitos com o resultado do encontro, especialmente porque involucra a alguns dos países mais importantes no sistema de comercio do marfim do animal”, assinalou a diretora geral da UICN, Julia Marton-Lefévre.
Por volta de 100 mil elefantes da África, 20% da população total deste animal no continente, estão ameaçados a desaparecer na próxima década por causa da caça e do comercio do marfim, segundo cálculos divulgados nessa reunião.
A UICN calcula que a população de elefantes do continente ascende atualmente a meio milhão de animais. Sua caça é habitual em países como África do Sul, Quênia ou Camarões.
Estes mamíferos estão em perigo de extinção devido ao comercio de seus chifres e presas, que algumas culturas atribuem propriedades medicinais e afrodisíacas.