Em troca do cancelamento de uma parte de sua dívida, o país se comprometeu com a proteção um total de 81 mil quilômetros quadrados do oceano, aproximadamente o tamanho da Grã-Bretanha.
As Seychelles pagou uma dívida soberana pendente com US$ 21 milhões arrecadados pela Nature Conservancy. Os futuros pagamentos irão para um novo fundo, o Seychelles Conservation and Climate Adaptation Trust, para financiar novos projetos de proteção marinha e adaptação climática.
Este é o primeiro plano de financiamento “dívida pela natureza” conhecido do mundo, para proteger ambientes oceânicos. O acordo também contribuirá para que o arquipélago de baixa altitude esteja preparado para os efeitos das mudanças climáticas, incluindo o aquecimento e o aumento das águas e a acidificação dos oceanos e para proteger o turismo.
“Este esforço ajudará as pessoas das Seychelles a proteger seus oceanos para as gerações futuras e servirá de modelo para futuros projetos de proteção marinha em todo o mundo”, declarou DiCaprio, cuja fundação doou US$ 1 milhão para a dívida.
O ministro das Relações Climáticas, Energia e Mudanças Climáticas das Seicheles, Didier Dogley anunciou as duas novas áreas protegidas marinhas em um evento em Victoria, a capital do país.
A primeira área cobre as águas do remoto Aldabra Atoll, lar de aves marinhas, tartarugas e outras espécies. A região será totalmente protegida e extrações serão proibidas, da pesca à exploração de petróleo. Só será permitida a pesquisa e o turismo regulamentado. A segunda área está em torno das ilhas principais das Seychelles. Segundo o The Guardian, os dois parques cobrem 15% do oceano Seychelles e o governo visa duplicar a área até 2021.