Por Robson Fernando (da Redação)
Uma família unida para torturar animais em nome da ciência. Assim pode-se denominar o triste feito do cientista Maiken Nedergaard, do Centro Médico da Universidade de Rochester, no estado estadunidense de Nova York, e sua filha Nanna Goldman, de apenas 16 anos.
Foi publicada recentemente no periódico científico Nature Neuroscience uma pesquisa que estudou os efeitos da acupuntura no sentimento de dor de camundongos. Goldman participou da pesquisa como projeto de verão atribuído pelo pai.
Como descreve friamente o colunista da Folha de S. Paulo Marcelo Leite, “pai e filha se uniram para aprontar (sic) com camundongos, os bodes expiatórios de sempre em laboratórios biomédicos”.
Na experiência frankensteiniana, camundongos foram anestesiados e tiveram inseridas agulhas em uma de suas pernas, extraindo líquidos corporais que se conferiu estarem com níveis altos de adenosina. Em seguida os cientistas da equipe de Nedergaard e Goldman usaram drogas para estimular inflamações nos animais.
Forneceram então adenosina para metade deles e compararam as reações do grupo estudado e do grupo controle a estímulos dolorosos – a velha tortura que não pode faltar em experiências de vivissecção. Entre as agressões, estava esquentar o local inflamado com raios laser. Fica evidente que os animais do grupo controle sofreram integralmente as dores infligidas pelos cientistas.
No terceiro passo da experiência, testaram a associação de agulhas de acupuntura com a adenosina e, em mais tortura, verificaram que a adenosina pode “turbinar” o efeito da acupuntura, uma vez que os animais demoravam mais para reagir à violência infligida pelos cientistas. Animais com carência de receptores químicos para a adenosina sofreram integralmente com a dor imposta por esse último passo da experiência.
O próximo passo da pesquisa é testar a associação entre acupuntura e adenosina em humanos.
Com informações da Folha Online
Nota da redação: Além de animais torturados com drogas inflamatórias, vemos a ascensão de um jovem “talento” que, sem coração, sem compaixão pelos animais “de laboratório”, estará no futuro disposta a matar e torturar muito mais animais, quando tiver seus próprios biotérios à disposição. Eis uma menina que, desde jovem, aprende a não ter compaixão nenhuma por animais de laboratório, aprende a fazer distinção moral entre aqueles animais que devem ser respeitados e não torturados — cães e gatos — e aqueles que podem ser maltratados e violentados livremente — os chamados “animais de laboratório”. Uma jovem que absorve desde cedo a crença de que animais “de laboratório” são autômatos escravizáveis a serviço do ser humano, meros robozinhos orgânicos cuja dor e sofrimento nada mais são que uma reações “eletrônicas” que nada têm a ver com sentimentos e senciência. É triste saber que vivisseccionistas estão abduzindo seus filhos para se tornarem uma nova geração de torturadores.