Durante a época de desova de tartarugas-marinhas, no norte do Estado, é normal ver filhotes nascerem e se deslocarem para o mar. Porém, na praia de Guriri, esse percurso natural foi parcialmente interrompido devido ao furto de ovos desses animais.
De acordo com o monitoramento dos pesquisadores do Projeto Tamar, foi estimado o furto de cerca de 90 ovos da espécie tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta).
Segundo a analista ambiental do Tamar, Kelly Bonach, “Normalmente quando a tartaruga desova, as vezes há predação humana porque a pessoa quer comer os ovos, mas depois que o desenvolvimento embrionário já está bem avançado, com uns 40, 50 dias, o embrião está quase formado. É praticamente um filhote pronto para nascer. Então, não justifica o roubo de uma desova. Os filhotes não vão sobreviver fora do ambiente do ninho. Ficamos pensando o que leva uma pessoa a fazer isso”.
Ainda segundo o G1, durante a temporada de desova de tartarugas deste ano, 250 ninhos são monitorados em 31 km de praia, indo de Conceição da Barra até Barra Nova, em São Mateus.
Desse monitoramento, 30 ninhos possuem filhotes que estão para nascer.
Os pesquisadores alertam para a necessidade de preservação e limpeza do litoral, incluindo não jogar lixo na praia, além do trânsito de veículos na areia.