EnglishEspañolPortuguês

ESPERANÇA

Ovos de falcão-peregrino eclodem no topo de arranha-céu de Melbourne (Austrália)

5 de outubro de 2024
2 min. de leitura
A-
A+
Foto: 367 Collins Falcons/Youtube

Na manhã de quinta-feira (02), dois filhotes de falcão-peregrino vieram ao mundo no topo de um arranha-céu em Melbourne, atraindo a atenção de mais de mil espectadores que acompanharam o momento por meio de uma transmissão ao vivo. Esses falcões, que há mais de três décadas fazem do edifício na Collins Street, número 367, o seu lar, se tornaram um fenômeno nas redes sociais, especialmente durante os longos períodos de confinamento da Covid-19.

A transmissão ao vivo, iniciada novamente em agosto para marcar o início da nova temporada de reprodução, ganhou ainda mais relevância após o fracasso na eclosão dos ovos no ano anterior, devido a uma disputa territorial. Com isso, a expectativa para o sucesso deste ano cresceu, e o nascimento dos filhotes foi celebrado por um grupo de mais de 50 mil membros no Facebook, chamado “Falcon Watchers”, que acompanha cada detalhe da vida dos falcões.

“Será que o terceiro ovo já chocou?”, perguntou ansiosamente um usuário. Esses entusiastas compartilham o fascínio por essas aves, conhecidas por serem os animais mais rápidos do planeta, atingindo velocidades de mais de 320 km/h.

A história dos falcões em Melbourne começou em 1991, quando o Dr. Victor Hurley, líder do Projeto Peregrino Vitoriano, observou os pássaros tentando, sem sucesso, chocar ovos em uma calha de metal de um prédio. No ano seguinte, ele instalou uma bandeja de madeira com areia no parapeito de uma janela, e desde então os falcões retornam anualmente para depositar seus ovos.

Durante os bloqueios da Covid, milhares de pessoas confinadas em suas casas acompanharam as transmissões do ninho 24 horas por dia, tornando os falcões uma sensação online. Essas aves, que quase foram extintas há três décadas devido ao uso de pesticidas, agora são classificadas como “seguras” em todos os estados da Austrália, exceto na Austrália do Sul.

Holly Parsons, gerente da BirdLife Australia, destacou a importância de criar conscientização sobre a vida selvagem nas áreas urbanas, afirmando que quase 30% das espécies ameaçadas do país vivem nas cidades. Ela ressaltou a relevância de espaços como o 367 Collins, que permitem a convivência harmoniosa entre seres humanos e animais. “É bom para o nosso bem-estar e nossa saúde”, disse ela, mencionando os benefícios de se conectar com a natureza.

Às vésperas da famosa contagem de pássaros australianos promovida pela BirdLife, Parsons descreveu sua paixão pela observação de aves como um “momento de iluminação”. “Quando você começa a prestar atenção, é como se uma lâmpada se acendesse. Você os encontrará em todos os lugares”, concluiu.

    Você viu?

    Ir para o topo