Por Renan Hamann (da Redação)
Uma ovelha estava sendo preparada para ser assassinada em um evento islâmico nos Estados Unidos, mas conseguiu escapar por algum tempo. Infelizmente isso durou pouco, pois ela foi capturada e levada de volta por uma dupla de artistas no Brooklyn — que afirmaram não saber qual seria o destino do animal. As informações são do Daily Mail.
Escapando no mercado de carnes de Al Noor Halal (no bairo do Parque do Sol em Nova York), perto das 14h, o cordeiro seria morto para o festival muçulmano de Eid al-Adha, mas acabou em uma avenida muito movimentada da cidade.
Ao se deparar com a cena incomum, o artista Coke Wisdom O’Neal e sua namorada Mira Aldridge decidiram parar e tentar ajudar o animal, que parecia muito confuso e machucado. “Minha namorada e eu estávamos dirigindo na Tereira Avenida quando a vimos correndo pela rua”, disse O’Neal ao DNAinfo NY.
“Nós seguimos a ovelha pela rua. Eu estava com medo que ela fosse acertada por algum carro, pois estava correndo pelo meio da rua”, adicionou o artista. O casal preocupado conseguiu encurralar a ovelha em um beco sem saída e então tentou acalmar o animal.
“Ela não parecia violenta, mas estava muito assustada. Escondida embaixo de uma estrutura de ar condicionado”, Aldridge disse, antes de adicionar: “Foi assustador, pois ela era muito grande!”.
O’Neal revelou ainda que foi motivado a realizar o resgate porque seu filho de 11 anos é vegetariano e odiaria saber que o pai não ajudou um animal que precisava de auxílio. O artista também disse que prendeu o animal e esperou a polícia chegar.
Ele disse também que chamou o PETA, mas não conseguiu ajuda do grupo, porque a polícia já estava no local. Logo após o resgate da ovelha, um membro da organização do Al Noor chegou e pegou o animal de volta, colocando-o em um carro e levando de volta para a loja de onde havia escapado.
O proprietário da loja, Mohammed Aldeen, disse que a ovelha seria morta no Eid Al-Adhha, feriado que homenageia o sacrifício de Isaac, por Abraão. Aldeen disse ainda que o animal seria morto e dividido entre família, amigos e caridade.
Ao saber do destino da ovelha, O’Neal (o artista que realizou o resgate) disse com bastante tristeza: “Eles vão matá-la! Isso é horrível!”.
Morte em eventos religiosos
Na Polônia, ativistas de direitos animais denunciaram Tomasz Miskiewicz, líder religioso muçulmano da região que realizou o ritual Halal, à Sociedade Contra a Crueldade Animal, pelo assassinato de um cordeiro. Desde janeiro, o abate de animais, inclusive durante os ritos Halal, dos muçulmanos, e kosher dos judeus, é proibido na Polônia por considerar o sofrimento animal desnecessário. O chefe mufti da Polônia admitiu que realizou o “sacrifício ritual”.
Já o fim do Hajj foi comemorado no Paquistão com o assassinato cruel de diversos animais. O evento marca o fim do Eid Al-Adhha e milhares de animais são mortos nas ruas de Lahore.
É nesta época em que, por motivos religiosos, matam-se ovelhas, cabras, vacas e camelos durante os dias do festival. Além da covardia e crueldade em matar os animais, os participantes também pintam os animais para identificá-los. O festival é comemorado anualmente dois meses e dez dias depois do fim do Ramadã e dura quatro dias.