O roteiro é quase sempre o mesmo: encontra-se o filhote de peixe-boi (Trichechus inunguis) órfão (sem a mãe ele não sobrevive na natureza), geralmente abaixo do peso e com alguns arranhões na pele. Acionados os órgãos responsáveis (o Ibama, por exemplo), ele é encaminhado ao INPA (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), que tenta, com o apoio da ONG Associação Amiga do Peixe-boi (Ampa), salvar o animal da morte.

Na última tentativa, o filhote de peixe-boi não resistiu aos ferimentos e ao baixo peso que apresentava. O filme se repete. Um pescador na cidade de Silves, no interior do Amazonas, encontrou esta semana um filhote de peixe-boi de aproximadamente três meses de idade. Ele foi levado na quarta-feira a Manaus, na sede do INPA, e está em fase de reabilitação.

Segundo o veterinário Anselmo d’Affônseca, ele passará por um período de quarentena, para que se adapte à vida em cativeiro. “Nessa fase, os cuidados são redobrados. O estado de saúde desse filhote inspira cuidados. Ele está um pouco abaixo do peso e com alguns arranhões. Agora, o procedimento é observar a adaptação dele ao cativeiro”, explica.

Com o novo filhote, os tanques de peixe-boi do INPA/Ampa abrigam 45 animais no total, sendo 11 filhotes. Essa espécie tem sido alvo de estudos há mais de 35 anos pelo Instituto, e há quase 10 anos é protegido pela Associação Amiga do Peixe-boi.

Atualmente, a Ampa conta com dois programas de filiação, um para pessoa física denominado Amigo do Peixe-boi, e outro para pessoa jurídica, Empresa Amiga do Peixe-boi. Para saber mais, basta acessar o site www.ampa.org.br, ou entrar em contato com a entidade pelos telefones (92) 3184-3882 ou (92) 3084-0446.

Fonte: EPTV