Estudo promovido pelos ministérios do Ambiente e da Agricultura e Pescas de Portugal visa avaliar a evolução do impacto da captura de ouriços-do-mar no ecossistema marinho. O responsável pela petição diz que espécie está “ameaçada” devido à escassez mundial de caviar.
Os ministérios do Ambiente e da Agricultura estão avaliando a necessidade de se tomarem medidas “excepcionais” no que concerne à atividade de captura de ouriço-do-mar.
Em resposta à questão formulada no Parlamento pelo deputado Abel Baptista (CDS-PP), eleito por Viana do Castelo, o Ministério do Ambiente deixa claro que, perante uma avaliação negativa da situação, “se poderá justificar a necessidade de proibir a sua captura apanha ou fixar máximos de captura”. Aludindo à decisão ministerial como “uma conquista”, Rui Taxa, deputado municipal de Caminha e principal rosto de petição pela defesa da espécie, aponta o dedo à apanha “desenfreada” que se verifica no litoral de Caminha, Viana do Castelo e Esposende, captura essa que “destrói por completo todo o habitat”.
Associações ambientalistas de Viana do Castelo como a APCA e os Amigos do Mar vieram, também, a público condenar a apanha “industrial” da espécie. Assinalando que os impactos que as apanhas causam estão, ainda, por quantificar, Pedro Gomes, do Departamento de Biologia da Universidade do Minho, considera, também, que o que está acontecendo no litoral “é mais do que visível”. Segundo disse, as praias “ficam completamente removidas, o que não é de todo sustentável”.
A petição na internet exige a proibição da apanha durante cinco anos, “de forma a que a espécie possa se reproduzir e se reequilibrar, no seu habitat”.
Fonte: Jornal de Notícias