A morte trágica de Eyare, uma bebê gorila de apenas 2 anos, no Wilder Institute/Calgary Zoo, no Canadá, expõe as consequências devastadoras da manutenção de animais selvagens em cativeiro. Eyare perdeu a vida após um erro humano, quando um cuidador acionou a porta errada de seu recinto, causando ferimentos fatais em sua cabeça. A bebê brincava alegremente pelo recinto quando o acidente terrível ocorreu. Essa fatalidade levanta questões fundamentais sobre a ética dos zoológicos e o tratamento dado a animais que deveriam viver em seus habitats naturais.

Gorilas como Eyare são seres extremamente inteligentes e sensíveis, cuja vida em cativeiro não atende às suas necessidades físicas, emocionais e sociais. O ambiente artificial de zoológicos, por mais moderno que seja, não substitui a complexidade e a liberdade de um habitat natural. Esses locais priorizam o entretenimento humano, negligenciando o bem-estar real dos animais e expondo-os a riscos que, em um santuário ou em seu habitat, seriam evitados.

É importante questionar o papel dos zoológicos hoje. Com alternativas como santuários e esforços de preservação in situ, é moralmente injustificável manter animais selvagens em confinamento, onde sua vida está sujeita a erros humanos e condições artificiais. Esses animais não estão aqui para nosso entretenimento, mas para viver de forma plena, em liberdade, como parte de ecossistemas que sustentam suas necessidades.

A tragédia de Eyare deveria servir como um alerta global. Animais selvagens pertencem à natureza, não a jaulas ou espaços limitados. A sociedade precisa reavaliar sua relação com a vida selvagem e promover soluções que respeitem a dignidade e os direitos desses seres, como santuários dedicados à reabilitação e à proteção. Chegou a hora de priorizar a liberdade e o respeito à vida animal acima do interesse humano. 🦍💔