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HISTÓRIA

Os cachorros que sobreviveram ao naufrágio do Titanic

O RMS Titanic, que possuía até mesmo um canil, transportava oficialmente 12 animais — entretanto, há registro de apenas três cães sobreviventes

5 de março de 2023
3 min. de leitura
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Imagem ilustrativa de cachorros que estavam a bordo do RMS Titanic – American Kennel Club

A história sobre o trágico naufrágio do RMS Titanic todos conhecem. Após a colisão com o iceberg, enquanto cruzava o Atlântico, entre os dias 14 e 15 de abril de 1912, a embarcação tida como ‘inafundável’ sucumbiu.

Das 2.223 pessoas a bordo, 1.517 delas morreram, entre passageiros e tripulantes. Muitas dessas histórias foram resgatadas ou perdidas com o tempo. Mas um fato, até hoje, é pouco comentado: os animais que estavam a bordo de uma das maiores tragédias marítimas de toda a história.

Os pets do Titanic

Segundo matéria publicada pelo portal português Observador, o RMS Titanic transportava, oficialmente, 12 animais. Haviam cães, pássaros, galos e galinhas dentro do mais luxuoso transatlântico da época.

Entretanto, importante ressaltar que esse número deve ser muito maior, visto que os animais de estimação eram considerados carga nos registros do navio. Além do mais, vários documentos foram perdidos com o naufrágio.

Mas o que se sabe é que levar um animal de estimação durante a viagem era um luxo que só os passageiros de primeira classe tinham direito. O RMS Titanic, inclusive, dispunha até mesmo de um canil.

Mas entre os sobreviventes da tragédia, existiram apenas três cães: dois da raça Spitz-alemão-anão, também conhecida como lulu-da-pomerânia; e um pequinês. A informação também é repercutida pelo site do National Museums Liverpool.

Sobreviventes do naufrágio

O primeiro relato de um cão sobrevivente do RMS Titanic é de Lady, lulu-da-pomerânia da passageira Margaret Hays; que também superou o naufrágio ao entrar em um bote salva-vidas. Algo parecido acontece com o pequinês Sun Yat Sen, tutorado por Myra e Henry S. Harper.

Historiador Universidade de Widener, J. Joseph Edgette recorda que Henry Harper chegou a declarar: “Parecia haver muito espaço, e ninguém fez nenhuma objeção”, segundo citação arquivada pelo American Kennel Club.

O capitão do Titanic Edwar Smith com um Irish Wolfhound/ Crédito: Domínio Público

Mas há quem também abriu mão da vida pelo amor aos cães. O jornal espanhol La Vanguardia, por exemplo, recorda a história de Ann Elizabeth Isham. Já na casa dos 50 anos, quando o naufrágio ocorreu, ela visitava diariamente seu dogue alemão no canil do RMS Titanic.

Apesar de ter conseguido um lugar no bote salva-vidas, Elizabeth Isham preferiu deixar seu lugar livre no barco ao saber que não poderia levar seu pet junto. Sobre a sua história, existe a narrativa de que o corpo foi encontrado dias depois abraçada com o animal, todavia, o National Museums Liverpool define essa narrativa como mito.

O último sobrevivente canino do naufrágio é lulu-da-pomerânia, de Elizabeth Barrett Rothschild, que conseguiu abrigo e não se afogou nas águas geladas do Atlântico. Acabou sendo resgatado pelo RMS Carpathia, apesar do pé atrás da tripulação do barco de resgate.

Mas um ponto em comum entre os três cães sobreviventes do RMS Titanic é justamente o pequeno porte, o que pode ter sido fundamental para o resgate deles. Visto que provavelmente eles estavam escondidos entre as peças de vestuário de seus tutores ou até mesmo enrolados em mantas. Talvez possam ter passado até despercebidos.

Os ‘esquecidos’

Mas como já tido, nem todos os pets que estavam no RMS Titanic sobreviveram. Sabe-se, inclusive, que um cavalier king charles spaniel e um airedale terrier, ambos dos filhos de William Carter, um empresário de carvão na Filadélfia, não sobreviveram.

O poodle Frou-Frou, de Helen Bishop, também pereceu diante o naufrágio, assim como a airedale terrier Kitty do milionário John Jacob Astor. O La Vanguardia, aliás, aponta que quando Astor soube da colisão com o iceberg, logo abriu a porta do canil e liberou todos os animais, o que causou o maior alvoroço no RMS Titanic.

Por fim, o transatlântico ainda contava com a gatinha Jenny, incumbida de dar fim nos ratos e ratazanas que pudessem se aventurar pelo convés. Haviam também quatro galos com a nova-iorquina Elsla Holmes White; assim como outras 30 galinhas com um passageiro não identificado. Seus destinos, porém, jamais foram descobertos.

 

Fonte: AH

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