Geralmente, na terceira idade, as pessoas passam mais tempo em casa, se exercitando pouco, com menos contato social e até mais cansadas. Como consequência disso, muitas vezes, vem a solidão. Mas você sabia que os animais podem contribuir significativamente nessa fase?
Segundo Leonardo Abrahão, psicólogo, palestrante e escritor, além das atividades relacionadas aos cuidados de um animal doméstico ajudarem os humanos a se sentirem ativos e amados, também promovem sensação de bem-estar, autoestima e de compromisso com a vida de um ser mais frágil.
“Já é comprovado cientificamente que ver, estar e tocar os animais libera os hormônios da felicidade, serotonina e endorfina, despertando o amor e trazendo companhia”, diz Camila Marqües, médica-veterinária e mestre em Medicina e Bem-Estar Animal.
Por isso, os idosos podem se beneficiar diretamente dessa relação. Um dos principais pontos positivos é que os animais trazem movimento e afazeres diários para a vida das pessoas, combatendo o sedentarismo e proporcionando novos ciclos sociais.
De acordo com um estudo realizado pelas instituições Insurance e UK Charity Dogs for Good, do Reino Unido, os tutores de cães têm 69% mais chances de ter interações significativas e 81% dos entrevistados acham mais fácil fazer amizades quando estão acompanhados do seu animais.
“Outra questão importante é que na velhice é comum os problemas com falta de Vitamina D. O sol e a suplementação são fatores necessários para corrigir esse desequilíbrio, e um passeio com o cão, por exemplo, pode facilitar o contato com a natureza e a luz solar”, afirma Camila.
Mas, afinal, qual é o melhor animal para um idoso? Tudo depende da personalidade e das condições físicas-emocionais em que a pessoa se encontra, além das suas opiniões a respeito do mundo animal, explica Leonardo.
Se a dúvida for entre cão e gato, Camila sugere que o idoso adote um animal adulto e de porte proporcional ao ambiente. “Aconselho pegar gatos a partir de 3 anos e cães em torno dos 5 anos. Afirma.
Para as famílias que pensam em incentivar os avós a adotarem um animalzinho, é preciso assegurar que a pessoa tem interesse, disponibilidade e saúde física para assumir essa responsabilidade. “Uma boa conversa pode facilitar tudo e mostrar a melhor coisa a se fazer”, finaliza Leonardo.
Nota: Considere sempre adotar um animal ao invés de comprar.
Fonte: Casa e Jardim