Por Raquel Soldera (da Redação)
Organizações em defesa dos animais pediram ao governo chileno para manter-se contra a caça de baleias, temendo que as autoridades cedam à pressão externa sobre a eliminação da moratória na caça.
Ativistas do Centro de Conservação de Cetáceos, Acoceanos e EcoAnimal entregaram nesta quarta-feira, 21, uma carta ao Ministério das Relações Exteriores, solicitando que reiterem a posição do governo chileno diante da negociação da Comissão Baleeira Internacional (CBI).
A comissão internacional visa eliminar a moratória e legitimar a caça de baleias no santuário de baleias do oceano austral.
A polícia impediu os ativistas de exporem um banner e fazerem uma manifestação no local.
A iniciativa do fim da moratória da caça às baleias será discutida na reunião da CBI, que será realizada de 15 a 21 de junho em Agadir, Marrocos, e pode gerar uma mudança na direção da entidade com a retomada da caça de baleias para a comercialização.
Priscila Escobar, ativista do Centro para a Conservação de Cetáceos, advertiu que o Chile não pode defender a mudança por fazer parte do “grupo de Buenos Aires”, que reúne países latino-americanos com o objetivo de preservação dos mamíferos aquáticos.
Juan Carlos Cárdenas, diretor da Acocéanos, advertiu sobre uma possível mudança na política definida pela ex-presidente Michelle Bachelet, que em 2008 decretou a proibição da caça às baleias na costa chilena, e alertou sobre os riscos de um possível acordo entre o Chile, os Estados Unidos e o Japão.
Na sua opinião, existe “um acordo para obter vantagens do ponto de vista comercial ou econômico no Japão, em troca do apoio político que o Chile pode dar na questão da caça às baleias”.
As organizações temem que os critérios comerciais e econômicos prevaleçam sobre as preocupações com o meio ambiente e a proteção das espécies.
Com informações de Spanish