Entidades de defesa do meio ambiente nos Estados Unidos se reuniram para oferecer uma recompensa de US$ 11 mil para quem fornecer informações sobre o autor do assassinato de uma golfinho fêmea que estava grávida. A morte aconteceu na semana passada no litoral do Mississípi, um dos estados norte-americanos.
De acordo com a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOOA), órgão do governo dos Estados Unidos responsável por monitorar os oceanos, o animal foi atingido no peito com uma arma de baixo calibre. Os filhotes que estavam sendo gestados não sobreviveram.
Golfinhos são protegidos por lei nos Estados Unidos desde 1972. É proibido caçar, ferir ou comercializar a carne do animal como alimento: quem descumprir a lei pode receber punição de reclusão durante 1 ano e pagar uma multa de até US$ 100 mil.
Após saberem do ocorrido, organizações como Ocean Experience, Animal Welfare Institut e Dolphins Plus Marine Mammal Responder decidiram unir esforços para encontrar o possível responsável pela morte do golfinho. Essa seria uma resposta ao aumento do número de casos de animais mortos por humanos: desde 2002, 24 golfinhos foram atingidos por tiros, flechas ou morreram empalados.
No Brasil, a morte dos animais também preocupa. Dezenas de botos-cinza foram encontrados mortos desde o início de dezembro de 2017, no litoral sul do estado do Rio de Janeiro e norte do litoral paulista. A situação mais grave acontece na Baía de Sepetiba, na zona oeste da capital fluminense. É lá que fica a maior concentração da espécie no mundo, com cerca de 800 indivíduos. Até o último dia 7 de janeiro, 102 botos cinza foram encontrados mortos, o equivalente a 13% de toda população.
Pesquisadores que investigam a causa da mortalidade dos botos cinza do Rio de Janeiro encontraram um culpado: um vírus da família do paramixovírus, a mesma do causador de sarampo em seres humanos.
Apesar do nome, o boto cinza é uma espécie de golfinho que atinge até dois metros de comprimento, habitando em águas costeiras do oceano Atlântico, em uma faixa que vai de Honduras ao sul do Brasil. É um dos menores cetáceos do mundo.
Fonte: Revista Galileu