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Organização dedica-se a dar 'um final feliz' aos animais vítimas do abandono

3 de dezembro de 2011
4 min. de leitura
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Foto: Reprodução/Expresso

Apesar de ainda estar concluindo a sua formação jurídica, a Plataforma Proanimal já ajudou dezenas de animais a encontrar um novo lar. Cães e gatos que foram abandonados pelos seus tutores, ou que nunca conheceram outra realidade que não a da rua, são acolhidos, recebem tratamento e uma morada temporária de acolhimento, de onde partem para, finalmente, uma verdadeira e definitiva família. Para os que não podem dar uma casa, pede-se o apoio, se não for financeiro ao menos a dedicação de algum tempo à causa.
Criar uma dinâmica de adoções e apadrinhamentos, sensibilizar a população em geral para a proteção dos animais, monitorizar colônias de rua e lutar pelo bem-estar de cães e gatos que não têm o apoio de uma família, são os objetivos da Plataforma Proanimal de Vila Real, em Portugal, que, criada há menos de um ano, já ajudou mais de 40 animais a encontrar um “final feliz”.
“No último mês foram adotados dois animais por semana”, contabilizou Antônio Brandão, fundador da Plataforma, que atualmente conta com apenas três pessoas voluntárias “completamente empenhadas” no trabalho de ajudar os animais de rua e 12 Famílias de Acolhimento Temporário.
Com o elevado número de animais recolhidos e as inúmeras intervenções cirúrgicas e tratamentos a que muitos foram sujeitos, a Plataforma tem contado com o apoio de várias pessoas, quer através de donativos monetários, bens alimentares, quer ainda no acolhimento temporário. No entanto, é preciso mais. São precisas pessoas empenhadas que dêem um pouco do seu tempo àqueles que, se tratados com dedicação, são companheiros para vida, os animais.
“Cada um dá o que pode, nem que seja apenas a sua experiência profissional”, sublinhou António Brandão, referindo que, por exemplo, um dos ‘amigos’ da Plataforma, designer de profissão, colabora fazendo os cartazes a título gratuito e ainda doando uma percentagem do valor cobrado em alguns dos seus trabalhos.
Ideias para a angariação de fundos, participação activa em campanhas de recolha de alimentos e donativos realizadas em áreas comerciais (como a que foi realizada recentemente no Centro Comercial Dolce Vita) ou até a monitorização de colónias existentes em vários bairros da cidade, estão entre os vários tipos de apoio que se podem dar à Plataforma.
 Voluntários dedicados são bem-vindos
Goreti Ramos, de 28 anos, terapeuta da Fala, é uma das voluntárias da organização vila-realense que está empenhada em todo o processo de recolhimento dos animais. “Recolho-os na rua, levo-os ao hospital sempre que necessário e entrego às famílias de acolhimento temporário”, explica a voluntária, sublinhando ainda que colabora activamente no trabalho de angariação de fundos e até acolhe alguns animais em pós-operatório.
“Sempre tive cães e gatos, mas desde que vim viver para Vila Real que não tenho condições para os ter”, explicou Goreti Ramos, que optou assim, “por amor aos animais”, apoiar a Plataforma. “Se todos arranjassem um bocadinho de disponibilidade para ajudar, iam ver como faz toda a diferença no nosso dia-a-dia”, sublinhou.
Antônio Brandão explicou que todos temos um papel para desempenhar com os animais, “temos a responsabilidade, a obrigação lógica, de os ajudar, porque foi o homem que os domesticou”.
Organização promove esterilização de animais para controle de população
Além do tratamento veterinário, que em alguns casos envolve despesas de centenas de euros, a Plataforma Proanimal também investe em campanhas de esterilização (CED) em “colónias/matilhas de rua onde a superpopulação, entre outros fatores, resultam na diminuição da qualidade de vida dos animais”.
“O CED (Capturar-Esterilizar-Devolver) é um método humano e eficaz de controlo de colônias de gatos e de redução da população felina silvestre. O processo envolve a captura dos gatos de uma colónia, a sua esterilização, um pequeno corte na orelha esquerda para fins de identificação, desparasitação e, por fim, a devolução do animal ao seu território de origem”.
“Muitos gatos não podem ser adotados porque simplesmente não seriam felizes numa casa. Com o CED controlamos a população e evitamos que se matem as crias e se envenenem os adultos”, explicou Antônio Brandão.
Quem quiser ajudar, identificando animais abandonados ou denunciando casos de maus-tratos, apoiando com ajuda monetária ou logística, constituindo-se como família de acolhimento ou mesmo adoptando um gato ou um cão, poderá saber mais informações sobre a Plataforma através do número de telemóvel 910600404, do mail [email protected] ou do Facebook.
Já dizia Mahatma Gandhi que “a grandeza de uma nação pode ser julgada pelo modo que seus animais são tratados”.
Fonte: Expresso

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