Fundado em 2014 como um santuário de esperança, o Orfanato de Elefantes do Zimbábue assume a nobre e complexa missão de resgatar, reabilitar e reintroduzir na natureza crias de elefantes órfãs. Apesar de um percurso marcado por desafios consideráveis, o projeto celebra um sucesso notável: já devolveu à liberdade 56 indivíduos, cada um representando uma história de resiliência e sobrevivência.
Estes jovens paquidermes chegam ao orfanato provenientes de diversas regiões do país, vítimas colaterais do frequente conflito entre humanos e a vida selvagem. São animais que, tragicamente, perderam as suas matriarcas e manadas, encontrando no orfanato um porto seguro e um segundo recomeço.
O meticuloso processo de reintegração é uma jornada de várias etapas. Nos seus primeiros três anos de vida, as crias recebem cuidados intensivos e dedicados no seio da instalação, onde são nutridas física e emocionalmente. O marco seguinte é crucial: a socialização com elefantes selvagens em períodos supervisionados.
É nesta fase que aprendem as competências essenciais de sobrevivência, desde localizar fontes de alimento até compreender a complexa dinâmica social de uma manada. O clímax deste processo de transformação ocorre quando, finalmente, estão preparadas para se juntarem permanentemente às manadas selvagens que percorrem as vastas paisagens da região, completando assim a sua emocionante jornada de volta ao seu habitat natural.