A orca que ficou mundialmente famosa após ser flagrada carregando seu filhote morto deu à luz novamente. No último sábado (5), o novo filhote foi visto ao lado da mãe no estreito de Juan de Fuca, na fronteira oeste entre os Estados Unidos e o Canadá.
Foram cerca de 18 meses de gestação até o nascimento do filhote, que aparenta ser “saudável e precoce”, segundo o Center for Whale Research (Centro de Pesquisas de Baleias, em tradução livre).
Tahlequah, como foi batizada, carregou seu filhote morto por 17 dias em 2018, impedindo que o animal afundasse na água. A cena gerou forte comoção por registrar o doloroso luto de uma mãe.
Apesar de não ser possível apontar o dia exato em que o novo filhote nasceu, pesquisadores estimam que o nascimento tenha ocorrido na última sexta-feira (4). A estimativa foi feita com base em características do animal.
De acordo com o centro de pesquisas, um grupo grande de orcas foi visto a algumas milhas de distância da mãe com o filhote e, por isso, pesquisadores acreditam que eles podem passar a viver juntos.
Em 2018, Tahlequah percorreu 1,6 mil quilômetros segurando o corpo de seu filhote. Na época, cientistas temeram a possibilidade da orca permanecer depressiva e, por isso, parar de se alimentar. No entanto, após 17 dias ela deixou de carregar seu filho.
A alimentação das orcas é uma questão preocupante. Variações na migração de salmões tem causado a escassez desses peixes, que servem de alimento para as orcas. Com a dificuldade para se alimentar, as gestações e a sobrevivência dos filhotes são afetadas.