Um aquário da Flórida chegou a um acordo com defensores do bem-estar animal para libertar Lolita, uma orca de duas toneladas mantida em cativeiro por mais de meio século, disseram autoridades na quinta-feira (30).
O Miami Seaquarium disse que chegou a um “acordo vinculativo” com a organização sem fins lucrativos Friends of Lolita para devolver o golfinho a um habitat oceânico no noroeste do Pacífico dentro de dois anos.
Lolita, uma orca de 56 anos capturada em 1970 em uma enseada perto de Seattle, também é conhecida como Toki, um nome que é a abreviação do nome nativo americano do animal, Tokitae, informou o “Miami Herald”. O plano de devolver Lolita ao seu habitat requer aprovação federal, segundo o jornal.
O processo para devolver Lolita às águas levou anos para ser concluído, começando com a transferência da propriedade do aquário para a The Dolphin Co, disse Daniella Levine Cava, prefeita do condado de Miami-Dade, em entrevista coletiva. Mais tarde, a empresa fez parceria com a organização sem fins lucrativos para fornecer assistência médica ao animal.
O proprietário anterior do Seaquarium, SeaWorld Entertainment Inc, encerrou gradualmente os shows com orcas em 2016. Lolita, que já foi uma das principais atrações do Seaquarium, foi aposentada dos shows em março de 2022, depois que a administração mudou de mãos.
“Encontrar um futuro melhor para Lolita é uma das razões que nos motivou a adquirir o Miami Seaquarium”, disse o presidente-executivo da Dolphin Co, Eduardo Albor, em comunicado.
A pressão para libertar Lolita ganhou força depois que o documentário de 2013 “Blackfish” mostrou o cativeiro das orcas.
Os defensores dos direitos animais durante anos lutaram sem sucesso no tribunal para obter a liberdade de Lolita depois que a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica adicionou as orcas à lista de espécies ameaçadas de extinção em 2015.
As baleias assassinas são mamíferos altamente sociais que não têm predadores naturais e podem chegar aos 80 anos.
Fonte: G1