A orca Kiska é mais uma vítima da exploração de mamíferos marinhos para entretenimento humano em parques aquáticos e aquários. Ela vive sozinha em uma pequena piscina há mais de 10 anos no MarineLand, um parque aquático nas Cataratas do Niágara, no Canadá. Além de Kiska, o local mantém centenas de animais aprisionados. A orca foi retirada do seu habitat quando tinha apenas três anos de idade na Islândia.
Por meio de inseminações, ela foi obrigada a dar à luz três filhotes, que não sobreviveram em razão de maus-tratos e negligência do local. Kiska, além de ter tido sua liberdade roubada, teve que assistir, impotente, seus filhotes morrerem. Um ex-treinador do MarineLand acusa o parque de torturar os animais fisica e psicologicamente. Ele afirma que os animais são mantidos em condições deploráveis e com pouca higiene.
Nos últimos anos, inúmeros animais morreram no parque. Atualmente, após a morte das outras orcas, vive sozinha e em situação de completa apatia. Ela apenas fica flutuando durante horas e faz pouquissimos movimentos. Em alguns momentos, há a impressão que ela está morta. Especialistas que analisaram as imagens ficaram estarrecidos.
Naomi Rose, cientista do Animal Welfare Institute, lamenta a situação de Kiska. “No mínimo, ela deveria ser transferida há muito tempo para uma instalação com outras orcas. Sob nenhuma circunstância deveria ter sido permitido que ela vivesse sob essas circunstâncias, especialmente diante dessas evidências”, disse.
A organização Ontario Captive Animal Watch afirma que o parque já abrigou 26 orcas ao longo de sua história, dessas, 20 morreram e cinco foram vendidas ou trocadas por outros animais. As orcas se deslocam por mais de 100 quilômetros por dia. A vida em cativeiro é torturante, angustiante e causa intenso sofrimento a esses animais.
Ativistas em defesa dos direitos animais pedem que o MarineLand envie a orca para o Whale Sanctuary Project na Nova Escócia.