A orangotango Nenuah era escravizada e obrigada a participar de lutas de boxe com outros orangotangos para entreter turistas na Indonésia. Ela e mais nove animais da espécie foram salvos, reabilitados e devolvidos ao seus habitats no último fim de semana. Todos os orangotangos foram resgatados de atividades exploratórias.
Com a chegada da Covid-19, em 2020, e do fechamento de fronteiras e paralização de zoos, circos e outros locais que exploram animais, a organização Borneo Orangutan Survival (BOS) conseguiu colocar em prática um projeto de devolução de orangotangos ao seu habitat, as selvas de Bornéu. O transporte foi feito com a ajuda de helicópteros.
Os animais foram acondicionados em grandes caixas de transporte após serem sedados e examinados. Todos os protocolos de saúde foram seguidos para evitar que os animais tivessem contato com o novo coronavírus. Mesmo após a soltura, eles estão sendo monitorados 24 horas por dia e uma equipe especial está próxima ao local para garantir que eles fiquem em segurança.
Um passado de dor
Nenuah era obrigada a participar de lutas de boxe em um zoo na Tailândia até que a prática foi proibida em 2004, apesar de ainda ocorrer clandestinamente. Ela foi resgatada e levada para a Indonésia em 2006. Entre os orangotangos soltos, está Bali, de 18 anos, que foi resgatado de uma plantação quando tinha apenas quatro meses e foi descoberto com projéteis de rifle de ar alojados sob sua pele.
Também foi libertada a dupla de mãe e filho Disha e Deijo, que foram resgatados após seu habitat ser desmatado para a construção de fazendas. Há ainda muitos outros orangotangos esperando a oportunidade de serem devolvidos ao seu lar. A Borneo Orangutan Survival (BOS) está realizando uma campanha para arrecadar recursos. Para ajudar, clique aqui.
