Trata-se do segundo assassinato conhecido de um orangotango criticamente ameaçado de extinção neste ano.
Os moradores locais encontraram o animal ferido em um lago no distrito de Kutai Timur, na província de Kalimantan Oriental.
O chefe da polícia local, Teddy Ristiawan, disse que o primata ainda estava vivo quando foi levado para um hospital na cidade de Bontang.
Em uma declaração, o Centre for Orangutan Protection revelou que uma radiografia mostrou pelo menos 130 pelotas de pistola de ar em seu corpo, incluindo mais de 70 na cabeça.
Testes revelaram que o animal ficou cego após ser baleado e também tinha 17 ferimentos abertos, que provavelmente foram causados por objetos afiados. Sua coxa esquerda, seu peito direito e sua mão esquerda também tinham ferimentos decorrentes do trauma.
Ramadhani, gerente de proteção de habitat no centro, afirmou que a morte foi um evento terrível na história do conflito entre os orangotangos e humanos na Indonésia.
“As 130 pelotas dentro do corpo de um primata são um novo recorde, o mais importante”, afirmou.
Em meados de Janeiro, um orangotango foi encontrado decapitado e baleado mais de 12 vezes com uma pistola de ar no Kalimantan Central, segundo o site de notícias ambientais Mongabay. Os policiais prenderam dois produtores de borracha suspeitos do assassinato.
De acordo com o Daily Mail, o número de orangotangos em Bornéu e na ilha indonésia de Sumatra, reconhecidos como espécies separadas e classificados como criticamente ameaçados, tem caído de maneira acentuada desde a década de 1970.
Os orangotangos são uma espécie protegida na Indonésia e na Malásia, mas o desmatamento reduziu drasticamente seus habitats e deixou em contato com fazendeiros e trabalhadores das plantações que os assassinam sob o pretexto de proteger as plantações e para consumir suas carnes.
Cerca de 40% das florestas de Bornéu foram perdidas desde o início da década de 1970 e outra grande floresta deve ser transformada em plantação na próxima década.