Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais
Quando ativistas encontraram a orangotango, ela estava amedrontada no fundo de uma jaula. No começo, ela não se mexia. A equipe tentava chamar sua atenção, e a orangotango ficava cada vez mais confusa. Vagarosamente, ela saiu de dentro da jaula e passou uma das mãos pela porta de metal. Um dos ativistas pegou sua mão, e foi naquele momento que ela percebeu que estava sendo salva.
A orangotango, chamada Veni, estava sendo mantida ilegalmente no quintal de uma figura de influência na Sumatra Setentrional, Indonesia. Antes de parar lá, uma família a mantinha como animal doméstico, mas desistiram e a abandonaram. Pouco se sabe sobre a história de Veni, mas é fácil supor. Como muitos orangotangos em cativeiro, Veni provavelmente foi roubada da floresta em que vivia. Não apenas isso, as pessoas que a sequestraram possivelmente mataram a mãe dela, talvez na sua frente.
Na natureza, orangotangos vivem com as suas mães por até 8 anos ou mais. Vendi tinha apenas 5 quando foi resgatada, e provavelmente esteve com a mãe – ou outro companheiro orangotango – durante boa parte da vida.
Já que Veni era tão nova, o grupo de resgate não queria aplicar nenhum sedativo para colocá-la na jaula de transporte. Eles decidiram carregá-la nos braços, mas precisaram fazer isso com muito cuidado. Orangotangos são animais fortes e que podem se assustar facilmente. “Um vínculo de confiança precisa ser formado, eles precisam saber que o resgate está ali para ajudar, não para fazer mal,” disse Ian Singleton, diretor do Sumatran Orangutan Conservation Programme (SOCP) ao The Dodo.
Uma das ativistas fez carinho em Veni, e a orangotango carente logo buscou seu afeto. Ela até mesmo colocou os dedos da mulher na própria boca, como um bebê usa uma chupeta.
Veni foi levada para o centro de quarentena dos orangotangos, no SOCP em Batu Mbelin. O time de veterinários ficou feliz em ver que ela estava em bom estado de saúde. O seu maior problema era que ela não sabia nada sobre ser um orangotango na natureza, então, precisava aprender habilidades de sobrevivência, como encontrar comida e escalar.
Após vários meses no centro de quarentena, Veni começou a mostrar sinais de que ela seria capaz de sobreviver na natureza. O time do SOCP decidiu que era o momento dela ir para o Jambi Orangutan Release Site, um local onde os macacos são liberados para a floresta.
Veni poderá viver como um orangotango normal, encontrar felicidade, ter filhos e ajudar a aumentar a população de orangotangos da Sumatra, que está em risco de extinção. Para ajudar orangotangos como a Veni, você pode fazer uma doação para o SOCP, aqui.