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Orangotango aprisionado em pequena jaula é transferido para santuário após 15 anos

28 de setembro de 2014
2 min. de leitura
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Por Ana Rita Negrini Hermes (da Redação)

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Uma fêmea de orangotango de 15 anos, chamada Tita, foi entregue na terça à noite para a Agência de Conservação de Recursos Naturais de Java Central (BKSDA) por seu tutor, Ari Santoso de Ploso Hamlet, vila de Karanggondang, em Java Central, uma província da Indonésia. As informações são do The Jakarta Post.

Seis funcionários da BKSDA pegaram Tita e a colocaram em uma jaula de ferro sobre um caminhão. O caminhão chegou em Java Central, na sede da BKSDA em torno das 19 h, horário local, depois de uma longa viagem de Jepara. “O tutor obtivera Tita como um presente de um residente de Dayak quando ele estava trabalhando para uma madeireira em Samarinda, no ano 2000”, disse o diretor da agência.

Tita tinha cinco meses. Ari cuidou dela e a tratou como um animal de estimação. Ele a alimentava com arroz, mamão e banana além de chá doce e melaço e ela vivia em uma jaula estreita, de dois metros de altura e um metro e meio de largura. “A jaula era feita de sucata de madeira, então era bem simples e ficava nos fundos da casa de Ari. A família frequentemente levava Tita para dar caminhadas,” disse o diretor da Seção de Conservação, Johan Setiawan. À medida que Tita crescia e se tornava adolescente, Ari se deu conta que ela tinha um forte desejo de acasalar, já que seus instintos animais pareciam normais.

Ele relatou a presença de Tita para o Instituto de Conservação Sidomuncil (LKS) em Ungaran, regência de Semarang, em Java Central, após saber que o centro também cuidava de outros orangotangos. O Instituto relatou o fato à BKSDA, que foi à Jepara para levar Tita.

Quando Tita chegou na BKSDA, ela foi considerada bem, mas acima do peso, pesando cerca de 100 quilos, quando o peso ideal para ela seria entre 70 e 80 quilos. “Tita está acima do peso porque ela estava inativa devido a sua jaula pequena. Ela não conseguia se pendurar, como fazem os orangotangos em seu ambiente selvagem,” disse Johan.

Tita, que não quer mais tomar água pura, será colocada sob a custódia segura do LKS. Suharman disse que a Lei no. 5.1990 sobre recursos naturais e ecossistemas biológicos estipulou que os residentes não podem manter animais protegidos como animais de estimação e também regulamentou a Regra Governamental no. 7/1999 sobre a preservação de plantas e de vida selvagem. Tita está categorizada dentro da raça de orangotangos pigmeus Pongo, que somente são encontrados em Kalimantan, ou Ilha Borneu, e é um animal protegido.

Suharman disse que Ari explicou que mantinha Tita como um animal de estimação porque ele não sabia que ela era considerada um animal protegido. “Nós vamos providenciar orientações a ele sobre o assunto,” disse Suharman. Tita será colocada em quarentena antes de se integrar aos outros orangotangos no LKS e fará exames médicos completos até que seja considerada saudável.

 

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