Além dos prejuízos à saúde e economia dos moradores, a cheia do Rio Jari, que atinge mais de 4,3 mil famílias há dois meses, também impacta na vida de animais domésticos em Laranjal do Jari, a maior cidade do sul do Amapá. Uma mobilização de órgãos de Defesa Civil, assistência e voluntários atuou no resgate de cães que ficaram ou foram deixados em áreas alagadas.
Intitulada “Resgata Pet”, a operação retirou 67 cães de residências que foram desocupadas por causa dos alagamentos e de locais de risco para os animais, onde eles não podiam se alimentar.
A força-tarefa acontece desde quinta-feira (26) e teve apoio das secretarias municipais de Saúde e Meio Ambiente, Guarda Municipal, Guarda Ambiental, Corpo de Bombeiros (CBM), Exército Brasileiro e das ONGs “Anjos de Quatro Patas” e “Amor de Bicho”.
Após a captura dos pets das regiões que sofrem com a enchente, os cães foram levados a um abrigo provisório construído para sejam cuidados em um ambiente adequado.
O secretário de Saúde de Laranjal do Jari, Marcel Jandson Menezes, ressaltou que a operação deve ter continuidade em outros dias, já que não há previsão para que as inundações cessem no município.
“Estamos nessa mobilização junto com as associações de Laranjal do Jari, junto com as ONGs. Conseguimos construir um abrigo provisório para os animais e agora a gente está com essa força-tarefa para resgatar o maior número de animais possíveis hoje e no decorrer dessa semana”, disse.
Cheia do Rio Jari
Na quarta-feira (25), as águas do Rio Jari atingiram a marca de 3,34 metros, o maior nível dos últimos 10 anos. A Defesa Civil já registrou 4.362 famílias atingidas em 10 bairros na área urbana da cidade e em 17 comunidades rurais.
A inundação em Laranjal do Jari ocorre desde a segunda quinzena de março. No município vizinho, Vitória do Jari, a cheia do rio que banha a região Sul do Amapá também gera consequências aos moradores.
Ambos os municípios receberam R$ 4,3 milhões da Defesa Civil Nacional em abril. A maior parte do montante foi destinada a Laranjal do Jari (R$ 2,3 milhões), para a compra de cestas básicas, kits de dormitório e de limpeza e combustível.
Fonte: G1