Agentes policiais e autoridades de vida selvagem dos EUA invadiram um famoso aquário na Flórida após denúncias de “maus-tratos a animais” no local. Segundo a imprensa local, quatro golfinhos morreram no Gulf World Marine Park, em Panama City Beach, no último ano.
Ativistas pelos direitos animais recentemente publicaram imagens de drone que aparentam mostrar golfinhos nadando em tanques de água verde e turva no parque.
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O procurador-geral da Flórida, James Uthmeier, afirmou que “não tolerará nenhum tipo de maus-tratos a animais”. A BBC entrou em contato com a empresa dona do parque, The Dolphin Company, para comentar.
Em uma publicação nas redes sociais, Uthmeier disse que o Departamento de Aplicação da Lei da Flórida e a Comissão de Conservação de Peixes e Vida Selvagem (FWC) cumpriram um mandado de busca a pedido dele.
O mandado foi emitido após a The Dolphin Company, aparentemente, impedir fiscais da FWC de inspecionar os animais, segundo a imprensa local.
Há relatos de que três golfinhos morreram no aquário em outubro. Um quarto golfinho ainda teria morrido no início deste mês após bater a cabeça na parte rasa de uma piscina enquanto fazia acrobacias para o público.
De acordo com o site da The Dolphin Company, o aquário aprisiona espécies como golfinhos-nariz-de-garrafa, golfinhos-de-dentes-rugosos, leões-marinhos, pinguins, focas, aves e répteis.
A UrgentSeas, organização de proteção animal, manifestou preocupação com o local.
“Temos documentado e publicado vídeos das condições alarmantes do Gulf World e continuaremos até que esses animais sejam urgentemente resgatados”, disse Phil Demers, diretor da UrgentSeas, à BBC. “Minha preocupação é que esses animais permaneçam no local enquanto as condições continuam a piorar.”
Nota da Redação: golfinhos e todos os outros animais têm o direito de viver em seus habitats naturais, livres da exploração e do confinamento forçado. Mantê-los em aprisionados em aquários e zoológicos, especialmente em condições precárias, é uma violação desses direitos, pois os priva de espaço, estímulos e interações sociais essenciais para seu bem-estar. Golfinhos, por exemplo, são altamente inteligentes, sociais e percorrem grandes distâncias no oceano, algo impossível de replicar em tanques artificiais. A manutenção de animais em cativeiro para entretenimento humano não justifica o sofrimento físico e psicológico imposto a eles, sendo urgente a abolição dessa prática e a transição para santuários que priorizem sua reabilitação e bem-estar.