Por Marcela Couto (da Redação)
A Humane Society de Missouri declarou que mais de 400 cães foram recolhidos na maior operação contra ringues para brigas de cães da história da América.
Os reponsáveis pelo resgate informaram que cães de Missouri, Illinois, Texas, Oklahoma, Iowa e Mississippi acabaram nas mãos de “tutores” que os submeteram a crueldade extrema. Os cães que não lutavam bem o suficiente foram vítimas de tiros e queimaduras pelo corpo e alguns até mesmo foram atirados em rios.
Autoridades federais e grupos de resgate de animais uniram suas forças para deter os infratores. A maioria dos acusados presos nas operações parecia manter suas vidas aparentemente normais fora do mundo da briga de cães. Um homem preso no Texas era técnico de uma equipe esportiva, outros eram enfermeiros e até professores.
“A Humane Society de Missouri forneceu as informações iniciais que levaram às investigações. Durante toda a operação eles cuidaram dos cães e prometem continuar com o trabalho de recuperação dos animais resgatados”, disse Michael Rap, procurador de Missouri.
A maioria dos cães resgatados são Pit Bulls, eles estão sendo mantidos em um abrigo separado dos outros animais devido ao comportamento agressivo que lhes foi imposto. Cada cão será avaliado e passará por um processo de reabilitação, embora as chances de estarem novamente aptos ao convívio em um lar sejam pequenas, em conseqüência dos traumas sofridos.
Mas há boas notícias para os animais. Janell Matthies, da United Animal Nations, está ajudando nos cuidados médicos dos cães e afirmou que toda a equipe está “vendo muitos rabinhos abanando de alegria”.
Defensores dos direitos animais dos EUA estão comemorando a vitória, a Humane Society dos EUA declarou que cada operação de sucesso representa “mais um passo rumo ao fim deste esporte sangrento e cruel”.
As lutas de cães são ilegais nos Estados Unidos, onde 25 mil animais são forçados anualmente a combater. Aquele que participa ou encoraja as lutas de cães incorre numa pena de prisão de cinco anos ou numa multa de 250 mil dólares (180 mil euros).
Com informações de Los Angeles Times / Foto por Los Angeles Times