A proximidade da Páscoa faz crescer a preocupação com a farra do boi. Barreiras e incremento no efetivo são as medidas usadas pelas policias militar e civil para combater o crime. Mesmo assim, no Litoral Norte, oito pessoas já foram detidas e cinco animais precisaram ser sacrificados. Neste ano, as cidades mais preocupantes são Porto Belo e Itapema.
Emiliano Gesser, major do 12º Batalhão da Polícia Militar, fala que a Operação Farra do Boi está em andamento desde o fim do Carnaval, mas na última semana, o trabalho foi reforçado. Porto Belo e Itapema estão com 20 policiais a mais nas ruas. Barreiras fixas e móveis também estão sendo montadas para fiscalizar a passagem de caminhões de transporte animal.
“Os policiais que reforçam operação são de cidades vizinhas, onde não há o registro de farra do boi. Mas, todas as unidades estão de sobreaviso. Se necessário, mais policiais serão chamados”, comenta Gesser.
Nas últimas semanas, farras do boi já foram registradas na região. Em Porto Belo e Itapema, oito pessoas foram flagradas pela Polícia Militar cometendo o crime. Elas foram encaminhadas para a delegacia, onde assinaram um Termo Circunstanciado (TC) e depois foram liberadas. Os animais usados na farra tiveram de ser sacrificados.
“Desde março, nós recolhemos cinco animais que estavam envolvidos em farras. Esses bois precisaram ser sacrificados porque não possuíam o registro de origem”, conta o gerente regional da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), João Carlos dos Santos.
Gesser reforça que a função da Polícia Militar não é causar conflito e sim evitar o crime, bem como identificar os possíveis farristas. Mas, havendo confronto, de acordo com o major, os militares são autorizados a usar a força policial.
“A Polícia Militar pode intervir com gás de pimenta, bombas de efeito moral e até balas de borracha”, explica.
Como denunciar?
A Polícia Militar conta com as denúncias para agir contra a farra do boi. Quem presenciar alguém cometendo o crime deve ligar imediatamente para o 190. Outro meio é ligar para o 0800-481-717, o disque denúncia da PM.
Fonte: Diário Catarinense