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Operação encontra animais explorados para rinhas no MT

16 de fevereiro de 2012
3 min. de leitura
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Foto: TV RECORD/Juína-MT/ Lúguerson Douglas

Uma equipe do IBAMA de Juína que atende toda a região noroeste do estado de Mato Grosso se deslocou até a cidade de Juruena para realizar uma operação em um sítio localizado na zona rural daquela cidade.

Segundo Jairo, responsável pela operação, a denúncia partiu de moradores da região que informaram ao órgão sobre o crime, “ano passado em uma operação que estávamos fazendo em Juruena, um senhor se aproximou do nosso grupo e narrou uma situação dando conta de um sítio onde os donos praticavam rinha de galos, e que havia no mesmo lugar vários pássaros nativos, silvestres e outros exóticos vivendo em condições inadequadas.

Diante dessas informações fomos até o local e constatamos a veracidade do fato, e no local vimos também outros animais vivendo em situações de baixa higiene, inclusive três cachorros que estavam bem desnutridos”, – explica Jairo fiscal do IBAMA de Juína.

Na primeira vez foi feito todos os procedimentos de praxe, os pássaros foram apreendidos e os donos da propriedade foram apenas orientados do crime que estavam cometendo, e como não havia nada que pudesse comprovar que no local funcionava uma rinha de galo nada pode ser feito a respeito desse assunto.

Porém os fiscais retornaram até o sítio recentemente e viram que os donos tornaram a criar animais em péssimas condições de habitação e alimentação e que novamente estariam ocorrendo rinhas de galo.

“Retornamo-nos até o sítio e dessa vez não houve formas de negar que o lugar funciona uma rinha de galo, pois foi encontrada uma arena que serve para as brigas das aves, também encontramos protetor de bico e de esporas, sem contar com os galos todos com as esporas amputadas, entre os 18 galos um deles que estava bem ferido, provavelmente da ultima briga que aparenta ter acontecido recentemente, e o de novo encontramos mais pássaros fruto de tráfico de animais, sem contar os cães que continuam em estado de desnutrição”, conta o fiscal.

Os animais foram apreendidos e dessa vez foram encontrado no local, 18 galos criados para rinhas.

Esses animais, no entanto, em vez de serem encaminhados para centros de recuperação de animais, acabaram sendo cruelmente mortos e doados para entidades – uma medida absurda e violenta por parte dos órgãos ambientais.

Três cães no momento encontram-se no centro de triagem do IBAMA Juína. Também foram encontrados nove canários, que foram enviados a Aripuanã sob custódia de um guardião, 04 curiós que foram devolvidos ao seu habitat natural, e uma das aves estava muito ferida e acabou morrendo.

Os donos do sitio responderam pelo artigo 24 do decreto N° 6.514, de 22 de julho de 2008 que prevê multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) por individuo de espécie não constante de lista oficiais de risco ou ameaça de extinção. E artigo 29. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos, com pena de 500,00 (quinhentos reais) a R$ 3.000.00 (três mil reais) por individuo.

Com informações do Top News

Nota da Redação: É inaceitável o destino que foi dado aos galos criados para rinhas. Esses animais, vítimas de maus-tratos pagam com a morte pelo fato de terem sido treinados para a briga? Qual é a lógica de uma operação que existe para, supostamente, proteger os animais, mas que resgata e mata os animais, sob as mais descabidas justificativas? Esses galos deveriam ser encaminhados a centros específicos de recuperação, recebendo um tratamento de pessoas preparadas e capacitadas para cuidar desses seres já tão sofridos e maltratados. É uma vergonha o destino dado, neste país, aos galos criados para rinhas, por órgãos que deveriam zelar pelo respeito à vida. 

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