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RIO DE JANEIRO

Operação de repressão ao tráfico de espécies silvestres resgata 244 animais de cativeiro

3 de dezembro de 2024
2 min. de leitura
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Foto: Divulgação

Uma operação de repressão ao tráfico de espécies silvestres deflagrada neste domingo resgatou 244 animais de cativeiro em 18 municípios fluminenses. Entre as aves resgatadas estão três papagaios Chauá (Amazona rhodocorytha) – espécie classificada como ameaçada de extinção, que estavam em cativeiro no município de São Francisco de Itabapoana.

Na área da Reserva Estadual de Guaratiba, no Rio de Janeiro, foram encontrados 85 caranguejos tipo “Uça” (Ucides cordatus), capturados irregularmente durante o período de defeso, além de armadilhas para captura de Guaiamum (Cardisoma guanhumi) – caranguejo cuja espécie está sob risco de extinção e também se encontra em defeso.

A ação, coordenada pela Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade e Inea, com a apoio da Polícia Militar, mobilizou equipes de 40 Unidades de Conservação estaduais, e aconteceu no Dia Estadual de Repressão ao Tráfico de Animais Silvestres.

“Este trabalho é contínuo, não vai parar. As pessoas precisam saber que retirar espécies silvestres da natureza e mantê-las em cativeiro, é crime”, destacou o secretário do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi.

Além das espécies em risco de extinção, as equipes encontraram diferentes tipos de aves, como: Coleiros (Sporophila caerulescens), Tiziu (Volatinia jacarina), Trinca-Ferro (Saltator similis), Sabiá (Turdus rufiventris), Galo da Serra (Coryphospingus pileatus), Melro (Gnorimopsar chopi), Canários (Sicalis flaveola), Tico-tico (Zonotrichia capensis) entre outras.

“Algumas aves sem sinais de domesticação e saudáveis foram soltas imediatamente, entre elas, um dos papagaios em risco de extinção; os outros dois papagaios, assim como outras aves, precisaram ser encaminhados para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS), onde receberão os cuidados necessário para posterior soltura”, explicou Cleber Ferreira, diretor de Biodiversidade, Áreas Protegidas e Ecossistemas do Inea.

Entre os 244 animais resgatados, 198 foram devolvidos à natureza e 46, que precisam de cuidados, foram encaminhados para o CETAS. A operação resultou ainda na destruição de 90 armadilhas de caça e um rancho (estrutura utilizada como apoio à prática criminosa), no município de Magé.

De acordo com as equipes, o rancho estava aparentemente ativo, com uma estrutura para dormir, fogueira, e captação de água. Toda estrutura foi destruída.

Durante as ações foram lavrados 21 atos administrativos para responsabilização de infratores identificados. As multas aplicadas giram em torno de R$ 20 mil, conforme a avaliação de cada caso. Também foram registrados quatro boletins de ocorrência policial, em delegacias das respectivas localidades.

A ação foi realizada de forma simultânea nos municípios do Rio de Janeiro, Nova Iguaçu, Magé, Itaguaí, Seropédica, São Francisco de Itabapoana, Valença, Araruama, Saquarema, Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia, Mangaratiba, Santa Maria Madalena, Campos dos Goytacazes, Vassouras, Barra do Piraí e Barra Mansa. Após a megaoperação, a campanha de combate ao tráfico de animais silvestres entra na segunda etapa, com o trabalho de conscientização.

Fonte: O Globo

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