A decisão do Ibama de acabar com a Operação Delivery, que ajuda no combate ao tráfico de aves ao verificar se os filhotes de pássaros realmente nasceram em cativeiro, foi criticada recentemente pelo deputado Ricardo Izar (PP-SP).
Até então, os servidores do Ibama checavam as anilhas dos animais para avaliar a procedência. Segundo o deputado, se a operação realmente for encerrada, o mercado deve receber 140 mil pássaros do tráfico.
“Eu gostaria de parabenizar o Presidente do Ibama, porque, se já éramos recordistas em tráfico de animais silvestres, agora vamos para no Guinness. Parabéns ao Presidente do Ibama”, criticou Izar, que é coordenador da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Direitos dos Animais.
Tráfico de animais silvestres é o terceiro maior do mundo
De acordo com o próprio Ibama o tráfico de animais silvestres é o terceiro maior do mundo, ficando atrás apenas do tráfico de drogas e armas.
E essa prática, assim como a caça, faz com que o Brasil tenha 1173 espécies da fauna ameaçadas de extinção, conforme informações do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Do total, 234 são aves.
“As aves correspondem ao maior número de apreensões, e os papagaios estão entre as espécies mais vulneráveis, muito procurados como animais de estimação”, informa o ICMBio.
Só em 2018, a Polícia Militar Ambiental do Mato Grosso do Sul registrou resgate de 143 animais silvestres, sendo a maior parte filhotes de papagaios. Um número considerado baixo em comparação a 2017, quando foram resgatados 521.
Entre as espécies da fauna brasileira em risco estão o papagaio-verdadeiro, papagaio-charão, papagaio-de-peito-roxo, papagaio-de-cara-roxa, papagaio-chauá e papagaio-moleiro. São espécies que habitam diferentes biomas do país, e além do tráfico, sofrem com a redução de habitat.
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