O mundo não pode abrir mão das suas riqueza naturais, mas enfrenta o maior ritmo de extinção de espécies desde a época do desaparecimentoo dos dinossauros, 65 milhões de anos atrás, disse a ONU nesta segunda-feira, na abertura de uma importante conferência de duas semanas sobre o assunto.
O objetivo é fazer governos e empresas adotarem medidas abrangentes para proteger e restaurar ecossistemas como florestas, rios, recifes de corais e oceanos.
“Esta reunião é parte dos esforços mundiais para tratar de um fato muito simples: estamos destruindo a vida na Terra”, disse Achim Steiner, diretor do Programa Ambiental da ONU, ao abrir a conferência em Nagoy(daRedação)
a, no Japão.
Delegados de quase 200 países discutem novas metas de preservação da biodiversidade para serem cumpridas até 2020. As metas para 2010 em geral não foram alcançadas.
O Brasil vai a Nagoya com bandeiras em favor da maior proteção à biodiversidade, mas cumpriu apenas 2 de suas 51 metas internas de preservação estabelecidas pela Comissão Nacional de Biodiversidade (Conabio) – a publicação de listas e catálogos das espécies brasileiras e a redução em 25% da ocorrência de focos de incêndios em cada bioma no país. A informação está num relatório preparado para a COP 10, disponível no site da conferência.
Um estudo divulgado neste mês pela ONU afirma que o dano ambiental causado pela atividade humana em 2008 chegou a 6,6 trilhões de dólares, equivalente a 11 por cento do PIB global.
Os países em desenvolvimento dizem que precisam de mais ajuda financeira dos desenvolvidos para salvarem a natureza. A maior parte da biodiversidade restante no mundo está em nações em desenvolvimento, como o Brasil, a Indonésia e países da África Central.