O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma, lançou um alerta sobre o aumento no número de mortes de baleias e golfinhos, vítimas da captura na pesca. Um relatório, divulgado nesta segunda-feira em Bonn, na Alemanha, sugere que a maioria das espécies marítimas está sendo fortemente afetada por atividades pesqueiras.
Segundo a Convenção sobre Espécies Migratórias de Animais Silvestres, ainda que as baleias não sejam atingidas diretamente, a sobrepesca tem sido um dos maiores vilões ameaçando cerca de 13 espécies. Mesmo que a caça, em escala comercial, tenha quase chegado ao fim, os mamíferos continuam sofrendo com caças locais, capturas e até mesmo o morte deliberada das baleias.
Com isso, um total de 50 espécies estão sendo ameaçadas agora, três a mais que em 2001.
Além das baleias, os golfinhos também são vítimas da pesca e sobrepesca. O golfinho do Rio Baiji da China, que tinha o rio Yangtze como habitat, está praticamente extinto. Desde 2002, nenhuma outra espécie foi registrada na área. Um outro problema para os mamíferos marinhos são o lixo e a poluição causados por mãos humanas. Muitas baleias e golfinhos ingerem pedaços de plástico, lançados no mar. A liberação de produtos químicos por parte de navios e até despejo de indústrias nas águas também prejudicam a saúde dos mamíferos.
As baleias com dentes sofrem ainda as consequências do barulho do mar e do aquecimento global. Segundo o Pnuma, estas ameças têm de ser submetidas a regras internacionais. O conselho científico da Convenção da ONU sugeriu uma resolução sobre pescas com redes, a ser adotada já em novembro. O objetivo do documento é pedir à comunidade internacional ação imediata para melhorar práticas de pesca, reduzindo assim a morte desnecessária de mamíferos marinhos.
Fonte: Eco Agência